Hospital Geral da Beira ainda funciona abaixo da capacidade

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Há um ano, o Hospital Geral da Beira foi inaugurado com pompa e circunstância, anunciado como a nova joia da saúde pública em Sofala — um equipamento de última geração, pronto para desafogar o sobrecarregado Hospital Central da Beira e revolucionar o atendimento médico na região. Mas, até hoje, essa promessa ainda não se cumpriu plenamente.

Equipado com tecnologia médico-cirúrgica que muitos hospitais sequer possuem, e com capacidade para 300 camas, o hospital permanece parado, quase em silêncio, enquanto pacientes que poderiam ser tratados ali são obrigados a buscar socorro no hospital central, cada vez mais abarrotado.

Por que esse gigante ainda não desperta?

A resposta está na ausência dos acessórios fundamentais que faltam para que salas de cirurgia e enfermarias possam funcionar. É como se tivéssemos um carro de luxo, com motor potente e design arrojado, mas sem combustível para sair da garagem.

O Ministro da Saúde, Ussene Isse, reconhece a situação e garante: o combustível está a caminho.

Durante uma recente visita às instalações, ele revelou que os equipamentos que faltam estão em fase final de montagem e, em breve, o hospital vai começar a operar na sua totalidade. “Dentro de um mês, o Hospital Geral da Beira vai ser o que prometemos: um centro de referência, com cirurgias, internamentos e, principalmente, atendimento materno digno e urgente para tantas mulheres que esperam por uma cesariana,” declarou o ministro.

Enquanto isso, a comunidade da Beira vive entre a esperança e a frustração, ansiando pelo dia em que poderão deixar de depender exclusivamente do já saturado hospital central. A chegada dessa estrutura funcionando em pleno não será apenas um avanço na saúde, mas uma revolução na qualidade de vida de milhares de famílias.

Mas a tecnologia, por si só, não basta.

O ministro também lançou um chamado aos profissionais de saúde para que tratem cada paciente com dignidade, humanidade e respeito — ingredientes que, segundo ele, são tão importantes quanto qualquer aparelho sofisticado.

A história do Hospital Geral da Beira é um lembrete poderoso de que o verdadeiro progresso exige não só máquinas, mas também compromisso e cuidado genuíno com as pessoas.

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