A Estrada Nacional 380 (EN380), entre Macomia e Awasse, tornou-se palco de medo e tensão em Cabo Delgado, onde grupos terroristas têm transformado viagens rotineiras em verdadeiros pesadelos para passageiros e empresários. Nos últimos dias, veículos são interceptados e desviados para o meio das matas, onde passageiros têm seus bens saqueados e empresários são sequestrados para pagamento de resgates.
Valige Tauabo, chefe do Conselho Executivo provincial, não esconde a preocupação com a insegurança que ameaça a vida e o progresso da província. “Quando a estrada que liga comunidades e negócios se torna um corredor de terror, perdemos todos — a paz, a economia e a esperança”, declarou durante a última sessão do Conselho Executivo.
Com a livre circulação comprometida, o impacto ecoa para além do trânsito. É um golpe no sustento de famílias e no futuro da região. Por isso, a resposta tem sido um esforço coletivo: autoridades, forças de segurança, transportadores e a própria população estão chamados a agir em uníssono, denunciando qualquer movimento suspeito e apoiando a vigilância local.
O apelo é claro: “Não podemos permitir que o medo tome conta da EN380. Só com cooperação e coragem poderemos expulsar esses grupos e garantir que nossas estradas sejam vias de vida, e não de violência”, concluiu Tauabo.
Enquanto isso, a tensão permanece, mas também cresce a esperança de que a união de forças traga segurança de volta à estrada, à vida e aos sonhos dos habitantes de Cabo Delgado.