Reabilitação da estrada ANE-CHUIBA continua parada em Pemba

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Na capital de Cabo Delgado, a estrada ANE-CHUIBA — que prometia ligar bairros, impulsionar a mobilidade urbana e dinamizar a economia local — transformou-se num retrato clássico de promessas por cumprir. As obras, iniciadas em 2021 com previsão de conclusão em apenas 12 meses, estão paralisadas há vários meses, e o cenário no terreno é de abandono, frustração e incerteza.

Apenas 400 metros dos cerca de cinco quilómetros previstos foram asfaltados até à data. A interrupção começou logo na fase embrionária da empreitada, quando o primeiro empreiteiro foi dispensado após concluir apenas 200 metros da via. A razão da rescisão contratual continua envolta em silêncio institucional, mas sabe-se que o Município de Pemba, liderado por Satar Abdulgani, não pagou os serviços prestados.

Indignado, o empreiteiro afastado recorreu ao Tribunal Administrativo, que agora deverá esclarecer se houve irregularidades na sua desvinculação e se o município tem obrigações financeiras pendentes.

“Reconhecemos o problema com o empreiteiro anterior, mas também há limitações orçamentais. Apesar disso, reafirmamos o compromisso de concluir esta estrada até 2028”, disse o edil Abdulgani, em declarações recentes à imprensa local.

O imbróglio legal, aliado à falta de fundos, empurra a ANE-CHUIBA para um limbo que prejudica os residentes, comerciantes e transportadores da cidade de Pemba. A via, que poderia ser um corredor de desenvolvimento, tornou-se num símbolo de ineficiência institucional e gestão duvidosa de recursos públicos.

Moradores da zona manifestam descontentamento crescente, apontando promessas não cumpridas e a deterioração progressiva da estrada como sinais de desleixo e má governação.

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