Depois de semanas de tensão provocada por movimentações terroristas em povoados e centros turísticos do distrito de Mecula, província do Niassa, começa-se a sentir uma relativa calmia na região. A informação foi confirmada pelo primeiro secretário do Comité provincial da Frelimo, Artur Nelicha, após uma visita recente às áreas afectadas.
Segundo Nelicha, a melhoria das condições de segurança deve-se principalmente ao estacionamento das Forças de Defesa e Segurança (FDS) nas zonas críticas e à crescente colaboração da população local, que tem denunciado de forma activa qualquer movimentação suspeita.
“É graças à união entre o povo e as nossas forças que conseguimos recuperar o controlo e transmitir confiança às comunidades”, declarou o dirigente.
A presença constante das FDS está a devolver a tranquilidade às famílias que, em Maio, abandonaram suas casas em busca de abrigo na vila-sede de Mecula. Muitas dessas famílias começam agora a regressar às suas zonas de origem, um sinal claro da reabilitação da normalidade.
Apesar do tom de alívio, as autoridades alertam para a necessidade de manter a vigilância comunitária, uma vez que a ameaça não está completamente eliminada. “Não podemos baixar a guarda. A paz é uma construção diária”, reforçou Nelicha.
A província do Niassa tem estado sob os holofotes desde que grupos terroristas vindos de Cabo Delgado começaram a expandir suas acções para o norte do país, criando focos de instabilidade em regiões tradicionalmente pacíficas.