Moçambique quer garantir sementes certificadas nas mãos dos produtores

Governo de Moçambique reconhece fragilidades no sector de sementes e aponta falta de financiamento como obstáculo para garantir insumos certificados aos produtores. Ministro Roberto Albino pede mais apoio à Autoridade de Sementes e ao IIAM.

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Durante a Reunião Nacional de Sementes, realizada na cidade de Chimoio, província de Manica, o Governo de Moçambique reconheceu graves fragilidades no sector de certificação de sementes, situação que tem permitido a proliferação de insumos agrícolas não certificados no mercado nacional.

No evento, o ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, defendeu a necessidade urgente de reforçar o financiamento da Autoridade de Sementes, para garantir o trabalho de fiscalização e assegurar que sementes de qualidade cheguem efetivamente às mãos dos produtores moçambicanos.

O ministro foi claro ao afirmar que a presença de sementes de qualidade duvidosa nas zonas de cultivo representa uma ameaça direta à produtividade agrícola nacional e à segurança alimentar do país.

“O combate à comercialização de sementes não certificadas só será eficaz se equiparmos e financiarmos adequadamente os nossos fiscais e as instituições de investigação agrária. O agricultor moçambicano precisa de confiança e de resultados na sua produção”, afirmou Roberto Albino, perante técnicos e delegações das 11 províncias.

Durante o encontro, Albino também orientou que sejam alocados mais meios ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), a entidade responsável por desenvolver, reproduzir e distribuir sementes certificadas.

O IIAM enfrenta actualmente dificuldades logísticas e técnicas que limitam a sua capacidade de resposta à crescente demanda de sementes adaptadas às condições climáticas e ecológicas do país.

A Autoridade de Sementes, por sua vez, reconheceu que a falta de fundos operacionais compromete a realização de inspecções regulares, sobretudo em mercados periféricos e zonas rurais, onde os agricultores acabam por adquirir sementes sem qualquer garantia de origem, viabilidade ou produtividade.

O Governo comprometeu-se, durante a reunião, a mobilizar parcerias com o sector privado e parceiros de cooperação internacional, no sentido de robustecer a fiscalização e incentivar a produção local de sementes com certificação nacional.

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