Mais de 5 Mil moçambicanos deportados da África do Sul no primeiro semestre de 2025

Autoridades sul-africanas deportaram mais de 5 mil moçambicanos no primeiro semestre, sobretudo por imigração clandestina, mineração ilegal e crimes violentos. A maioria é da província de Gaza.

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O fluxo de repatriamentos de moçambicanos da República da África do Sul atingiu números alarmantes. Entre janeiro e junho deste ano, 5.076 cidadãos foram deportados pelas autoridades sul-africanas, segundo dados do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), na Província de Maputo.

A porta-voz do SENAMI, Carmen Mazenga, revelou que a maioria dos casos está relacionada com imigração clandestina, representando 4.866 dos repatriamentos. Outros motivos incluem mineração ilegal (143 casos), pertença a quadrilhas de assalto à mão armada (42), agressões físicas (11), homicídios (4), contrabando (4) e violência doméstica (6).

Do total de deportados, 253 são mulheres. A província de Gaza lidera a lista das regiões com maior número de cidadãos repatriados, seguida por Manica, Inhambane, Sofala e Maputo. Outras províncias registaram números menos expressivos, mas que, segundo Mazenga, não deixam de preocupar.

A crescente onda de deportações preocupa as autoridades migratórias moçambicanas, que defendem reforço das medidas de controlo fronteiriço e celeridade na emissão de documentos como estratégias prioritárias para conter o fenómeno.

“A intensificação dos mecanismos de fiscalização e a melhoria no processo de emissão de documentação válida são essenciais para mitigar estas ocorrências”, sublinhou Mazenga.

O elevado número de moçambicanos em situação irregular na África do Sul tem sido uma questão recorrente nas relações bilaterais entre os dois países. Além da busca por melhores condições de vida, muitos migrantes acabam envolvidos em atividades ilícitas, o que agrava as tensões e reforça as operações de controlo por parte das autoridades sul-africanas.

Com os números do primeiro semestre, especialistas alertam que 2025 poderá encerrar com um dos índices mais altos de deportações da última década, caso não sejam implementadas medidas eficazes de prevenção e sensibilização.

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