Venâncio Mondlane lança oficialmente Partido ANAMOLA na terça-feira

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O carismático político moçambicano Venâncio Mondlane regressou, este domingo (18), a Maputo em clima de euforia e promessa de mudança. À chegada ao Aeroporto Internacional de Maputo, empunhando com firmeza a bandeira da ANAMOLA, o seu recém-formalizado partido, Mondlane declarou que a organização dará início oficial às atividades políticas já na terça-feira, 19 de agosto.

A fundação da ANAMOLA – Associação Nacional para a Mudança, Ordem, Liberdade e Amor à Pátria – representa, segundo o seu líder, um marco histórico no percurso democrático de Moçambique, pois surge como alternativa política que coloca o povo no centro de todas as decisões.

Em tom firme e combativo, Mondlane não poupou palavras ao reafirmar os valores que nortearão a sua liderança:

“Amanhã teremos a primeira sessão extraordinária da Comissão Executiva da ANAMOLA. Ali vamos definir as linhas-mestras, os pilares e as estratégias para o futuro. E quero que o povo saiba: vamos continuar a defender o povo acima do bolso. Vamos continuar a preferir morrer pelo povo do que morrer a roubar o povo.”

A declaração, carregada de simbolismo, foi recebida com entusiasmo por dezenas de apoiantes que aguardavam no aeroporto, interpretada como uma mensagem de ruptura com práticas políticas associadas à corrupção, clientelismo e interesses particulares.

Mondlane explicou que a imagem escolhida para representar a ANAMOLA é um punho cerrado, símbolo clássico de resistência, força e solidariedade.

“O punho cerrado significa união, coesão, coerência e solidariedade. Significa que, entre os moçambicanos, se não estivermos fortemente conectados, se não tivermos a mesma visão, se não tivermos o mesmo foco, nunca venceremos.”

A metáfora da mão erguida, segundo ele, traduz a necessidade de um povo que se reconhece na luta coletiva e que acredita ser possível construir um Moçambique mais justo e inclusivo.

Com a formalização da ANAMOLA, Mondlane lança-se oficialmente numa corrida política que promete agitar o tabuleiro nacional. O novo partido apresenta-se como alternativa capaz de atrair jovens, descontentes e setores sociais que se sentem afastados pelas atuais estruturas de poder.

A agenda imediata será definida já na sessão extraordinária desta terça-feira, onde estarão em discussão os pilares estratégicos, as prioridades políticas e a mobilização nacional rumo às próximas eleições.

Segundo analistas políticos, a entrada de Venâncio Mondlane com um partido próprio poderá reconfigurar alianças, abrir espaço a novos debates e aumentar a competitividade política num país em que a sede de renovação é cada vez mais evidente.

O regresso de Mondlane foi marcado por um ambiente quase festivo: apoiantes entoavam cânticos, agitavam bandeiras e repetiam palavras de ordem que ecoavam pelos corredores do aeroporto. Muitos viam no momento um renascer da esperança.

“É um novo capítulo. Estamos cansados de promessas vazias. O Mondlane representa coragem e mudança”, disse um dos jovens presentes.

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