O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, defendeu que a Inteligência Artificial (IA) não deve ser encarada como uma ameaça, mas sim como uma ferramenta poderosa para expandir a mente humana, impulsionar a produtividade científica e melhorar a qualidade do ensino no país.
O Chefe de Estado fez estas declarações durante a cerimónia de tomada de posse dos novos reitores e vice-reitores das universidades públicas, realizada em Maputo.
“Lembremo-nos de que o mundo vive transformações super-aceleradas. A revolução digital, a inteligência artificial, a biotecnologia, a economia verde e as mudanças climáticas estão a redefinir as formas de ensinar, de aprender e de produzir o conhecimento”, destacou Chapo, sublinhando a importância de o ensino superior acompanhar as tendências globais.
O Presidente apelou às instituições de ensino para adotarem uma postura proativa e responsável na integração da IA no ambiente académico, enfatizando que a tecnologia deve ser usada com ética, deontologia e competência, garantindo sempre o benefício da sociedade.
“Cabe às universidades garantir que ela [Inteligência Artificial] seja usada com ética, com deontologia, com responsabilidade e com competência para o benefício da sociedade. A grande mensagem é que as universidades não podem ficar à margem dessas mudanças”, reforçou.
A intervenção de Daniel Chapo ocorre num momento em que o sistema de ensino moçambicano enfrenta desafios ligados à inovação tecnológica e à modernização curricular, exigindo das universidades maior integração entre ciência, tecnologia e mercado de trabalho.
Eusébio Macate, reitor da Universidade Lúrio (UniLúrio);
Luís Cristóvão, reitor da Universidade Zambeze (UniZambeze);
Carlos Shenga, vice-reitor da Universidade Joaquim Chissano (UJC);
Mohsin Mahomed Sidat, vice-reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
O Chefe de Estado desafiou os recém-empossados a liderarem com visão e inovação, promovendo pesquisa científica, inclusão digital e parcerias estratégicas que fortaleçam a posição de Moçambique na era da transformação tecnológica global.
A visão de Daniel Chapo reforça o compromisso do Governo em modernizar o ensino superior, apostando em competências digitais, investigação aplicada e inovação sustentável como pilares do desenvolvimento nacional.