Adeptos do Desportivo de Nacala agridem ex-dirigente após derrota contra o Textafrica

O jogo entre Desportivo de Nacala e Textafrica terminou em violência. Adeptos revoltados espancaram o ex-vice-presidente do clube e um dirigente, acusando-os de má gestão e de “vender o jogo”.

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O que deveria ser apenas mais um jogo de futebol do campeonato nacional transformou-se em palco de violência e contestação popular. A partida entre o Desportivo de Nacala e o Textafrica de Chimoio, realizada este domingo, terminou em derrota para os “Nacalenses” e em seguida degenerou num cenário caótico, com adeptos revoltados a partirem para agressões físicas contra dirigentes do próprio clube.

Segundo testemunhas no local, a fúria dos adeptos foi dirigida contra o ex-vice-presidente do Desportivo de Nacala, Emílio, acusado de “vender o jogo” ao adversário. A multidão, inconformada com mais uma derrota, cercou o antigo dirigente e desferiu bofetadas e murros, transformando o campo desportivo numa arena de vingança.

Não satisfeito, o grupo também agrediu o jovem Ismail Omar, actual membro do corpo directivo da equipa, que tentou acalmar os ânimos, mas acabou igualmente alvo da ira dos torcedores.

“Esse Emílio deve ser expulso do clube. Ele nunca defende os interesses do Desportivo. Se fosse para recontratar o mister Manuel Casimiro, pelo menos ele fazia tudo conforme. Agora é só confusão”, gritava um dos adeptos revoltados, em meio ao tumulto.

A violência registrada expõe uma ferida antiga no seio do Desportivo de Nacala: a desconfiança entre adeptos e dirigentes. Muitos torcedores acusam a direção de má gestão, falta de visão desportiva e ausência de medidas concretas para devolver a dignidade ao clube.

O episódio deste domingo soma-se a um historial de tensões recorrentes que, de tempos em tempos, explodem em protestos e acusações.

As autoridades locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre os incidentes, mas vozes da sociedade civil já condenaram os actos de violência, apelando para que a paixão pelo desporto não se transforme em agressão física.

Dirigentes desportivos alertam que, se nada for feito, o futebol moçambicano corre o risco de perder o seu papel unificador, tornando-se cada vez mais um campo de conflitos e divisões.

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