Durante uma visita oficial à cidade de Quelimane, na província da Zambézia, o Presidente da República, Daniel Chapo, dirigiu-se aos funcionários públicos com um apelo firme e claro: “Não se envolvam em actos de corrupção.”
A intervenção do Chefe de Estado surgiu na sequência de uma denúncia pública feita por um funcionário afecto à Direcção Provincial da Agricultura e Pescas, que alegou a ocorrência de desvios de fundos públicos naquela instituição.
“Vamos continuar a combater este mal com seriedade. Já determinei o envio de uma equipa de investigação à Direcção Provincial da Agricultura e Pescas para averiguar os factos. Não vamos tolerar corrupção em nenhuma instituição do Estado”, declarou o Presidente, sob fortes aplausos dos presentes.
Num tom firme mas pedagógico, Chapo frisou que a corrupção mina a confiança dos cidadãos nas instituições públicas, desvia recursos essenciais para o desenvolvimento e prejudica os mais vulneráveis. Apelou ainda a todos os funcionários e agentes do Estado a adoptarem uma postura de integridade, transparência e responsabilidade no exercício das suas funções.
“O dinheiro do povo é sagrado. Cada metical desviado é uma criança sem escola, um hospital sem medicamentos, um agricultor sem apoio técnico”, advertiu.
O Presidente reiterou que qualquer denúncia de má gestão de fundos será tratada com o máximo rigor, e que os culpados, se confirmados os actos, serão responsabilizados judicialmente, independentemente do cargo que ocupem.
Além disso, Chapo anunciou o reforço das equipas de auditoria e inspecção interna nos sectores da administração pública, com destaque para áreas sensíveis como agricultura, pescas, educação e saúde.
Funcionários públicos e membros da sociedade civil presentes no encontro manifestaram satisfação pela abertura do Presidente à escuta e acção imediata, considerando o gesto como um sinal de renovada esperança na luta contra a corrupção endémica.
A visita de Daniel Chapo à Zambézia acontece num momento em que o Governo reafirma o seu compromisso com a boa governação e a moralização da função pública. Com acções concretas como esta, a presidência pretende passar a mensagem de que ninguém está acima da lei.