O Centro Infantil e Externato Cantinho do Céu, uma das instituições de ensino infantil mais conhecidas da cidade da Matola, está no centro de um debate aceso. Tudo começou quando um grupo de mães decidiu levantar a voz: estão descontentes com a forma como a escola lida com a alimentação das crianças.
As denúncias apontam para irregularidades no serviço de “catering” e para a proibição da entrega de marmitas durante o horário de aulas. Nas palavras das encarregadas de educação, a medida é rígida, desnecessária e pouco sensível às necessidades das crianças, especialmente daquelas que não se adaptam ao menu fornecido.
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Mas a direção da escola pensa diferente.
Zito Viegas Mucavela, diretor da escola, explicou que não se trata de teimosia institucional, mas de uma medida estratégica para garantir segurança alimentar e integridade física das crianças. Segundo ele, já ocorreram incidentes no passado relacionados a alimentos trazidos de fora, o que motivou a adoção da norma que obriga os pais a entregarem a refeição no momento da entrada da criança, caso não adiram ao serviço de catering.
“Não estamos aqui para dificultar a vida dos pais. Pelo contrário, estamos a proteger as nossas crianças. A nossa experiência ensinou que quanto menos entradas e saídas ao meio do dia, melhor o controlo da qualidade alimentar e da segurança física”, sublinhou Mucavela.
Ainda assim, o diretor reconheceu a necessidade de melhor comunicação com os pais e anunciou uma reunião geral nas próximas semanas. “Estamos abertos ao diálogo. O que não podemos fazer é abrir mão de princípios que garantem o bem-estar coletivo”, concluiu.
As reações dos pais continuam divididas. Enquanto uns compreendem a posição da escola, outros insistem que a flexibilidade também faz parte da pedagogia moderna. Uma coisa é certa: o Cantinho do Céu tornou-se, agora, palco de uma conversa maior sobre o equilíbrio entre normas escolares, liberdade dos pais e o que significa realmente cuidar do futuro das nossas crianças.
