Um cidadão moçambicano, apontado como perigoso sequestrador e supostamente ligado ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), foi morto a tiro pelas forças de segurança sul-africanas durante uma operação em Kempton Park, arredores de Joanesburgo.
O caso foi confirmado pela porta-voz nacional da polícia sul-africana (SAPS), Brigadeira Athlenda Mathe, em declarações à SABC News, nesta quarta-feira.
De acordo com as autoridades, o moçambicano fazia parte de uma lista de suspeitos perigosos e procurados por envolvimento em esquemas de rapto transnacionais entre Moçambique e a África do Sul.
A polícia sul-africana revelou que já havia recebido os dados de identificação do suspeito pelas autoridades moçambicanas, num esforço de cooperação no combate ao crime organizado.
Fontes policiais indicam que o homem foi interceptado pela unidade anti-sequestro em Kempton Park, onde ocorreu o confronto armado que resultou na sua morte.
O suspeito esteve diretamente associado ao rapto de um cidadão indiano, ocorrido em julho deste ano, caso que gerou grande alarme na comunidade empresarial em Joanesburgo.
Kempton Park não é um nome estranho para os moçambicanos. Foi nesta mesma localidade que decorreu o processo de extradição do antigo Ministro das Finanças, Manuel Chang, no âmbito do escândalo internacional das dívidas ocultas, uma das maiores batalhas judiciais envolvendo Moçambique, Estados Unidos e África do Sul.
Este caso volta a colocar em destaque a colaboração entre Moçambique e África do Sul no combate às redes de crime organizado, que têm vindo a explorar as fragilidades das fronteiras e a operar em esquemas de rapto, tráfico de drogas e contrabando de viaturas.
As autoridades sul-africanas asseguram que as investigações prosseguem para desmantelar outros elementos ligados à mesma rede criminosa.