O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, reiterou hoje o compromisso do governo com a defesa da democracia e da soberania nacional, num discurso firme após acompanhar de perto uma série de manobras militares de larga escala iniciadas esta semana.
“A paz exige força. Para garantir a liberdade, devemos estar prontos para defendê-la,” declarou Lai, ao lado de comandantes das Forças Armadas taiwanesas, no final de um exercício militar que simulou a defesa da ilha contra uma hipotética invasão por forças externas.
As declarações surgem num momento de tensão crescente com Pequim, que considera Taiwan uma província rebelde e intensificou recentemente a presença militar nas proximidades do Estreito de Taiwan. Em resposta, o governo taiwanês vem reforçando suas capacidades defensivas, investindo em tecnologia militar, treinamento estratégico e alianças internacionais.
As manobras supervisionadas por Lai envolvem tropas terrestres, navais e aéreas, e incluem simulações de combate urbano, interdição marítima e defesa antiaérea. O objetivo, segundo o Ministério da Defesa Nacional, é “elevar o estado de prontidão das forças armadas e aumentar a coordenação interforças”.
“Taiwan é uma democracia vibrante e pacífica. Não buscamos confronto, mas não aceitaremos coerção,” afirmou o presidente em discurso televisionado nacionalmente.
A posição de Taiwan tem recebido apoio velado de países ocidentais, em especial dos Estados Unidos e da União Europeia, que defendem a manutenção do status quo no Estreito de Taiwan e a solução pacífica das disputas regionais.
Especialistas avaliam que os exercícios militares também têm um caráter simbólico e servem como mensagem clara à China de que Taiwan não ficará de braços cruzados diante de ameaças crescentes.