Uma madrugada de sábado que devia ser de festa e turistas deixou-se manchar por balas em Nova Iorque, enquanto horas antes o nordeste de Atlanta viveu o choque de um ataque que terminou com um agente morto e o suspeito também sem vida. Dois episódios, duas cidades — e uma pergunta que volta a pairar sobre os EUA: como conter a violência armada em locais públicos e estratégicos?
Segundo a polícia de Nova Iorque, por volta das 01h20 (06h20 em Lisboa), uma discussão entre duas pessoas perto do cruzamento da West 44th Street com a 7th Avenue degenerou em tiroteio, enquanto a praça mais turística da cidade estava cheia de gente. Três pessoas ficaram feridas — uma mulher de 18 anos com um ferimento no pescoço e dois homens de 19 e 65 anos com tiros nas pernas. Um jovem de 17 anos foi detido no local e uma arma foi apreendida. Testemunhas filmaram a multidão a dispersar-se em pânico.
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As vítimas foram levadas a hospitais locais e, segundo os primeiros relatos policiais, não correm risco de vida imediato; as autoridades ainda investigam o motivo da briga e se os envolvidos se conheciam. Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento de pânico e a rápida chegada de agentes e serviços de emergência.
Horas antes do episódio em Nova Iorque, as autoridades em Atlanta responderam a um cenário mais grave: um atirador abriu fogo perto da sede dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e do campus principal da Emory University. O confronto deixou um agente da polícia — identificado pelas autoridades locais — morto e o suspeito também foi encontrado sem vida num edifício nas imediações. As autoridades recuperaram várias armas no local e confirmaram que já não havia ameaça ao público.
Imagens do interior de edifícios do CDC, divulgadas por funcionários, mostraram janelas com marcas de balas. Apesar do choque e do grande dispositivo de segurança, não houve registo de civis feridos dentro do campus nem entre os trabalhadores do CDC, segundo as primeiras declarações das autoridades. A investigação conta com a participação de várias agências locais e federais para apurar motivações e a sequência exata dos acontecimentos.
Embora ocorridos em contextos diferentes — uma confusão que escalou num ponto turístico lotado e um ataque direcionado junto a um centro de investigação pública — ambos os eventos ilustram aspectos recorrentes: a velocidade com que a violência pode eclodir em locais públicos, a necessidade de respostas policiais coordenadas e a importância das investigações para esclarecer motivações e responsabilidades. Autoridades das duas cidades apelaram à calma e prometeram atualizações à medida que as apurações avançarem.
