Zelensky diz a Trump que deseja “pôr fim à guerra” mas defende paz duradoura

Donald Trump afirma que Zelensky pode acabar “quase imediatamente” com a guerra na Ucrânia. O presidente ucraniano responde com firmeza e reúne-se hoje com aliados europeus e a NATO na Casa Branca.

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A troca de mensagens entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky incendiou o debate político mundial nas últimas horas. O presidente norte-americano usou a sua rede social, Truth Social, para afirmar que o chefe de Estado ucraniano tem poder para “pôr fim à guerra com a Rússia quase imediatamente”, caso queira, descartando de antemão qualquer possibilidade de a Ucrânia integrar a NATO ou de recuperar a Crimeia.

Donald Trump recordou que a península foi “cedida” à Rússia há 12 anos, “sem que um único tiro fosse disparado”, durante a administração de Barack Obama, e reforçou que Kyiv deve escolher entre encerrar o conflito ou prolongar a luta.

A resposta não tardou. Usando a rede social X, Zelensky escreveu uma mensagem firme que rapidamente se tornou viral:

“Todos nós temos o profundo desejo de pôr fim a esta guerra de forma rápida e fiável. Mas a paz deve ser duradoura.”

Com estas palavras, o presidente ucraniano rejeitou qualquer solução apressada que não assegure a soberania do país. A mensagem foi lida como um recado direto a Trump, reforçando que Kyiv não está disposta a ceder em pontos considerados inegociáveis, como o futuro da Crimeia e a independência em relação à influência russa.

Zelensky encontra-se já em Washington, onde será recebido hoje por Donald Trump na Casa Branca. A visita acontece num momento de alta tensão e contará com a presença de uma poderosa comitiva internacional, apelidada de “Coligação dos Dispostos”.

A presença desta frente unida mostra a importância geopolítica do encontro e sinaliza que a guerra da Ucrânia ultrapassa as fronteiras do Leste Europeu, transformando-se num teste à solidez da ordem internacional.

Enquanto Trump insiste num acordo rápido, Zelensky e os aliados europeus defendem que a única saída aceitável passa por uma paz justa e duradoura, que não comprometa a integridade territorial da Ucrânia.

Washington, assim, assume-se hoje como o epicentro da diplomacia global: será palco de confrontos políticos, promessas de cooperação e, talvez, dos primeiros sinais de um caminho realista para a paz.

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