As atenções voltam-se hoje, 04 de Agosto, para a Comissão Consultiva do Trabalho (CCT) que retoma as negociações dos salários mínimos sectoriais, após uma pausa de quase quatro meses.
A ronda de negociações acontece na cidade de Maputo e tem lugar num momento em que os trabalhadores clamam por melhores salários, face à crescente deterioração do custo de vida e à escalada dos preços dos bens essenciais.
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O processo negocial foi interrompido em Abril, por proposta da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que alegou o impacto devastador das manifestações pós-eleitorais como razão da suspensão. Na altura, Agostinho Vuma, então presidente da CTA, apelou à criação de linhas de crédito, isenções fiscais e reforço da segurança como forma de estabilizar o sector privado.
Hoje, com os ânimos mais calmos, governo, empregadores e sindicatos regressam à mesa de diálogo com expectativas elevadas e pressões sociais acumuladas.
Em Moçambique, os salários mínimos são negociados por sector de actividade, e funcionam como referência para as empresas formais. Contudo, a maioria dos trabalhadores continua no sector informal, onde não há garantias salariais nem proteção social adequada.
Esta nova fase negocial será decisiva para:
- Reajustar os mínimos salariais à inflação.
- Mitigar o impacto social da crise económica.
- Restaurar a confiança entre o Estado, os trabalhadores e o sector privado.
A sociedade civil, os sindicatos e o público em geral esperam medidas concretas e justas que respondam às necessidades reais da população.
