O Governo moçambicano deu mais um passo para dinamizar a aquacultura no país. Neste sábado (13), foram entregues 50 gaiolas flutuantes e respetivos insumos a piscicultores da albufeira de Cahora Bassa, província de Tete, numa iniciativa estratégica para a produção intensiva de tilápia.
O projecto, que conta com o suporte técnico e logístico da Agência de Desenvolvimento do Zambeze, inclui a distribuição de 312.500 alevinos e 128 toneladas de ração, beneficiando duas cooperativas locais envolvidas na cadeia produtiva do pescado.
Durante a cerimónia, o Secretário de Estado das Pescas, Momade Juízo, destacou que a aposta visa “incrementar significativamente a produção nacional de peixe”, garantir segurança alimentar e estimular a geração de renda para famílias ribeirinhas.
“Com estas estruturas, esperamos ver as comunidades a evoluir de pescadores tradicionais para empreendedores da aquacultura, com mais rendimento e maior contribuição para a economia azul de Moçambique”, declarou Juízo.
Potencial Transformador da Albufeira de Cahora Bassa
A albufeira, um dos maiores corpos de água do país, representa um potencial ainda subexplorado para o cultivo de peixe em sistema intensivo. Com esta intervenção, o governo pretende demonstrar que é possível produzir mais peixe em menos espaço, reduzindo a pressão sobre os estoques naturais e criando oportunidades de negócio sustentável.