ANAMOLA promete mudar política moçambicana e exige “novas regras do jogo”

Venâncio Mondlane, líder da ANAMOLA, defende reformas profundas na política moçambicana, incluindo nova Constituição e apuramento digital em tempo real para evitar conflitos pós-eleitorais.

167 Views
3 Min Leitura

A política moçambicana ganhou ontem uma nova voz com ambição de romper com os velhos moldes e instaurar um novo paradigma democrático. O presidente da Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA), Venâncio Mondlane, afirmou que o partido, ainda em fase embrionária, pretende participar activamente no diálogo político inclusivo e contribuir para uma mudança estrutural no sistema político nacional.

A declaração foi feita na primeira sessão extraordinária da comissão executiva do partido, em Maputo, perante dirigentes e convidados, num ambiente marcado por discursos de ruptura, inovação e esperança.

Venâncio Mondlane foi claro ao sublinhar que a ANAMOLA não pretende apenas marcar presença nas mesas de negociação.

“Este é o momento certo para mudar as regras do jogo político. Não estamos aqui para compromissos de fachada. Queremos apresentar propostas concretas que possam transformar Moçambique”, afirmou, recebendo aplausos da plateia.

Segundo o líder, a participação da ANAMOLA no processo de diálogo inclusivo não será meramente simbólica, mas propositiva e combativa. Ele recordou que já levou essa mesma posição em dois encontros prévios com o Presidente da República, Daniel Chapo, onde defendeu a necessidade de reformas profundas.

Mondlane apresentou uma série de medidas que considera fundamentais para modernizar e democratizar a política moçambicana. Entre elas:

  • Reforma fiscal para aliviar a carga sobre cidadãos e empresas.
  • Revisão do quadro normativo e legislativo, considerado desajustado à realidade do país.
  • Elaboração de uma nova Constituição, adaptada aos desafios actuais.
  • Implementação de um novo sistema eleitoral, mais transparente e acessível.

A proposta mais ousada, porém, foi a introdução de apuramento parcial e digital dos resultados eleitorais em tempo real. Segundo Mondlane, este modelo reduziria custos e aumentaria a confiança dos cidadãos no processo, evitando conflitos pós-eleitorais que têm marcado a história política recente de Moçambique.

O encontro de ontem demonstrou que a ANAMOLA não quer ser apenas um figurante no palco político. A formação posiciona-se como um actor reformista, determinado a quebrar ciclos de exclusão e a inserir novas práticas democráticas.

A comissão executiva do partido comprometeu-se a realizar consultas populares e encontros regionais para recolher contributos da sociedade civil, antes de formalizar uma agenda nacional de propostas.

“Moçambique precisa de uma política que fale com os cidadãos, e não apenas entre políticos. Vamos levar as nossas ideias ao povo, porque é lá onde começa a verdadeira transformação”, concluiu Venâncio Mondlane.

Partilhar
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *