Daniel Chapo anuncia arranque da auscultação pública para Diálogo político

O Presidente da República, Daniel Chapo, reuniu-se com partidos políticos signatários do Compromisso Político e confirmou o início da auscultação pública para o Diálogo político, marcado para Maputo no dia 10 de Setembro.

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A agenda política de Moçambique ganhou ontem (15) um novo fôlego. O Presidente da República, Daniel Chapo, voltou a sentar-se à mesma mesa com líderes dos partidos signatários do Compromisso Político para um Diálogo político, reforçando a ideia de que a construção de consensos é a pedra angular para a paz e estabilidade do país.

O encontro, realizado em Maputo, foi marcado por uma deliberação de peso: a fase de auscultação pública terá início a 10 de Setembro, com uma cerimónia oficial na capital do país.

O anúncio foi feito por Edson Macuácua, porta-voz da reunião, que explicou que a decisão surge após a análise do relatório de actividades da Comissão Técnica, elaborado nos últimos três meses, e da aprovação da metodologia de trabalho e da estratégia de comunicação para o processo.

O Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo, firmado a 5 de Março de 2025, representa uma viragem no cenário político moçambicano. Pela primeira vez em anos, diferentes forças políticas concordaram em criar um espaço estruturado e permanente de concertação sobre matérias de interesse nacional.

Espera-se que tenha potencial de reduzir tensões, reforçar a coesão social e consolidar a estabilidade política, ao permitir que vozes divergentes se encontrem num palco de diálogo institucionalizado, em vez de na arena do confronto.

A fase de auscultação pública, agora oficialmente marcada, será a oportunidade para que a sociedade civil, organizações comunitárias, académicos, igrejas e cidadãos comuns apresentem propostas e preocupações.

Mais do que um ritual político, este processo busca transformar a democracia representativa em participativa, ampliando o alcance da construção nacional.

Edson Macuácua sublinhou que o envolvimento direto da população é essencial para garantir legitimidade ao diálogo:

“O diálogo só será inclusivo se refletir as preocupações reais do povo. Por isso, a auscultação pública é um passo decisivo para que este processo não seja apenas político, mas também social.”

Embora saudado como um marco, o processo de diálogo enfrenta também enormes desafios: superar desconfianças históricas entre partidos, garantir a participação efetiva de todos os setores da sociedade e transformar compromissos escritos em práticas concretas.

Para o Presidente Daniel Chapo, no entanto, o caminho escolhido é irreversível:

“A paz, a unidade e a prosperidade de Moçambique dependem da nossa capacidade de ouvir, dialogar e agir em conjunto. O futuro constrói-se com consenso, e não com divisões.”

Com a data definida, todas as atenções viram-se agora para Maputo, onde o lançamento da auscultação pública em Setembro deverá simbolizar não apenas o arranque de uma etapa formal, mas também o início de uma nova página na história política do país.

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