Elias Dhlakama: ANAMOLA de Venâncio Mondlane não vai substituir a RENAMO

Elias Dhlakama, irmão do falecido Afonso Dhlakama, afirma que a ANAMOLA, partido de Venâncio Mondlane, não representa ameaça ao estatuto da RENAMO como principal força da oposição em Moçambique.

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O cenário político moçambicano volta a agitar-se com o surgimento da ANAMOLA (Aliança Nacional de Moçambique Livre e Aberto), partido liderado por Venâncio Mondlane (VM7). No entanto, para Elias Dhlakama, irmão do histórico líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, a nova formação política “não representa ameaça” ao estatuto da RENAMO enquanto segunda maior força política do país.

Durante a sua participação no programa da TV Sucesso “6 às 9”, Elias Dhlakama foi categórico:

“ANAMOLA é ANAMOLA e RENAMO é RENAMO. O novo partido pode até captar alguma atenção, mas não tem o peso histórico, nem as raízes políticas para substituir a RENAMO”, afirmou.

Dhlakama reconheceu que a ANAMOLA surge num terreno fertilizado pela RENAMO, que ao longo de décadas construiu o espaço político da oposição em Moçambique.

“A RENAMO é uma instituição enraizada na luta política, com história, mártires e um eleitorado fiel. Mondlane está a ocupar um espaço que foi aberto pela RENAMO, mas isso não significa que vá tomar o lugar dela”, acrescentou.

Elias Dhlakama recordou que não é a primeira vez que surgem partidos na oposição com apoio ou financiamento externo, cujo objetivo seria diluir a força da RENAMO.

“No passado, várias formações políticas foram criadas para tentar enfraquecer a RENAMO, mas nenhuma conseguiu tirar-lhe o estatuto de principal partido da oposição”, sublinhou.

Apesar das críticas internas e dos desafios de liderança que o partido enfrenta após a morte de Afonso Dhlakama, Elias acredita que a RENAMO continua a deter um capital político inabalável, sustentado pela sua história de luta armada, participação em processos de paz e papel decisivo nas eleições democráticas.

O surgimento da ANAMOLA, liderada por Mondlane – figura política conhecida pela sua capacidade de mobilização, sobretudo entre os jovens – já gera debates acesos no seio da oposição. Para alguns analistas, o partido poderá retirar espaço de manobra à RENAMO em centros urbanos, mas dificilmente conseguirá desmantelar a base eleitoral consolidada do partido de Dhlakama.

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