A crise interna na Renamo voltou a ganhar força. Nesta segunda-feira, 21 de Julho, um grupo de ex-guerrilheiros do partido voltou a encerrar a sede provincial da Renamo na Cidade da Matola, num protesto explícito contra a liderança de Ossufo Momade.
O movimento repete-se poucos dias depois de Clementina Bomba, Secretária-Geral do partido, ter apelado publicamente ao funcionamento pleno das estruturas distritais e anunciado a convocação do Conselho Nacional, órgão máximo de deliberação política.
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Os manifestantes alegam que os canais legais têm sido ignorados sistematicamente pela actual direcção, e acusam Momade de ser o principal responsável pela violência que marcou a recente tomada da sede nacional da Renamo, onde a intervenção policial foi alvo de críticas.
Apesar da promessa de diálogo através do próximo Conselho Nacional, os contestatários mantêm a exigência de renúncia imediata de Momade, alegando que o partido precisa de uma nova liderança, mais próxima da base e menos alinhada ao poder instalado.
Questionados sobre uma possível figura de consenso para a sucessão, os manifestantes admitem não ter um nome definido, mas garantem que a renovação é inevitável.
A sede permanece encerrada, e o ambiente político dentro da Renamo mostra-se mais polarizado do que nunca — com feridas internas ainda abertas e um futuro incerto à vista.
