Frelimo acusa Albano Carige de má gestão e branqueamento de capitais após financiamento juvenil

A Frelimo acusa o presidente do município da Beira, Albano Carige, de má gestão e branqueamento de capitais por financiar iniciativas juvenis com 10 milhões de meticais. Carige refuta e diz que o plano foi aprovado em Assembleia.

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A tensão política aqueceu esta quarta-feira na cidade da Beira, após a bancada da Frelimo acusar o presidente do município, Albano Carige, de má gestão financeira e branqueamento de capitais, em relação ao recente financiamento de iniciativas juvenis de geração de rendas no valor de 10 milhões de meticais.

Segundo a Frelimo, o edil não submeteu a proposta ao órgão competente, ou seja, à Assembleia Municipal, antes de avançar com a disponibilização dos fundos públicos. O partido afirmou ainda que vai submeter uma queixa ao Ministério das Finanças, alegando irregularidades graves na gestão do orçamento autárquico.

O programa em causa, denominado “Empreender para Empregar”, beneficiou no último fim-de-semana 192 jovens e cinco associações juvenis com fundos reembolsáveis e sem juros, numa iniciativa municipal destinada a impulsionar o empreendedorismo jovem.

Confrontado com as denúncias, Albano Carige reagiu com surpresa e ironizou a posição da Frelimo, afirmando que se houver branqueamento de capitais, o partido também teria contribuído.

“A Assembleia Municipal da Beira, na sua segunda sessão ordinária, aprovou por unanimidade o Plano Quinquenal Autárquico 2024-2028, e o financiamento anual de 10 milhões de meticais para iniciativas juvenis está expressamente previsto nesse documento”, afirmou Carige.

O edil reforçou que o valor provém do orçamento do município e que a medida será anual até ao fim do seu mandato, em 2028.

A polémica expõe mais uma vez as fricções entre o executivo municipal liderado pelo MDM e a oposição da Frelimo, que questiona a legalidade e a transparência do uso de fundos públicos em programas de apoio comunitário. Para Carige, no entanto, o programa é legítimo, tem respaldo legal e pretende criar uma rede sustentável de financiamento rotativo para jovens empreendedores.

O caso continua a gerar debates e poderá evoluir para instâncias judiciais ou de auditoria financeira, caso as acusações avancem formalmente.

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