João Lourenço condena protestos e diz que manifestantes foram manipulados por forças antipatriotas

Presidente João Lourenço afirma que protestos em Angola foram instigados por organizações antipatriotas. Anuncia apoio a empresas afetadas pelos actos de vandalismo.

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O Presidente da República de Angola, João Lourenço, rompeu o silêncio esta sexta-feira, cinco dias após os violentos protestos que abalaram várias zonas do país. Numa comunicação solene à nação, o Chefe de Estado foi categórico: “O que aconteceu na segunda-feira não foram manifestações, foram actos de vandalismo”.

Segundo o Presidente, os protestos não emergiram de uma vontade popular legítima, mas sim da manipulação orquestrada por organizações antipatriotas nacionais e internacionais que, segundo ele, tentam minar a estabilidade do país.

“Houve uma clara tentativa de desestabilizar o nosso Estado, manipulando cidadãos inocentes com falsas promessas e discursos incendiários. Trata-se de uma agenda alheia aos interesses do povo angolano”, declarou.

As manifestações, que inicialmente surgiram como protestos contra o custo de vida e o desemprego, rapidamente degeneraram em saques, incêndios e destruição de bens públicos e privados em várias cidades, incluindo Luanda e Benguela.

Lourenço lamentou profundamente os danos causados, não só em infraestruturas mas também no tecido económico nacional, sublinhando o impacto sofrido por pequenas e médias empresas, muitas das quais ainda tentavam recuperar dos efeitos da pandemia e da crise global.

Para mitigar os impactos económicos, o Presidente garantiu que o seu executivo está a trabalhar intensamente na aprovação de medidas de apoio às empresas afectadas, a serem anunciadas formalmente na próxima segunda-feira.

“O nosso Governo não vai abandonar os empresários lesados. Estamos a preparar um pacote de resposta rápida que incluirá apoio financeiro e logístico às empresas vítimas dos actos de destruição e saque”, assegurou.

João Lourenço apelou ainda à serenidade, ao diálogo e à defesa dos valores da paz e da unidade nacional, encorajando os cidadãos a resistirem à manipulação e a defenderem a estabilidade conquistada com tanto esforço.

“Angola é de todos nós. Não podemos permitir que interesses obscuros a transformem num campo de caos e desordem”, concluiu.

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