Nove membros da Renamo expulsos da Assembleia Municipal da Matola

Nove membros da RENAMO denunciam pressões para renunciar aos seus mandatos na Assembleia Municipal da Matola, acusando a direcção partidária de retaliação e ilegalidade.

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A aparente tranquilidade no seio da RENAMO voltou a ser quebrada. Nove membros do partido, com assento na Assembleia Municipal da Matola, denunciaram publicamente estar a ser alvo de pressões para renunciar aos seus mandatos, alegando uma manobra interna que consideram ilegal e persecutória.

Segundo a TV Sucesso, os visados, o “recado” para o afastamento chegou na terça-feira, e esta quarta-feira deslocaram-se à instituição em busca de explicações. Contudo, afirmam ter sido ignorados, sem qualquer resposta oficial.

Os membros em causa defendem-se lembrando que a lei é clara: um deputado apenas perde o mandato caso falte cinco sessões consecutivas, situação que, garantem, nunca se verificou nos seus casos.

Em tom de crítica, acusam a direcção da RENAMO de retaliação política, apontando que existem colegas com ausências reiteradas que permanecem em funções sem qualquer sanção.

“Estamos a ser perseguidos por divergências internas e não por incumprimento da lei. O nosso mandato é do povo, não de uma direcção partidária que quer calar vozes incómodas”, desabafou um dos denunciantes.

O episódio expõe mais uma vez as fracturas dentro da RENAMO, que nos últimos meses vinha tentando projectar uma imagem de coesão. Analistas políticos alertam que este tipo de episódios pode fragilizar a posição do partido nos municípios, sobretudo em ano de redefinição estratégica da oposição no país.

Até ao momento, a direcção central da RENAMO ainda não reagiu oficialmente às acusações.

Caso se confirme a saída dos nove membros, a correlação de forças na Assembleia Municipal da Matola poderá sofrer alterações, abrindo espaço a reconfigurações políticas que podem impactar decisões de peso para a gestão da autarquia.

Enquanto isso, a incerteza paira entre os visados, que garantem estar dispostos a levar a disputa até às últimas consequências legais.

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