Pr Daniel Chapo exalta união da SADC no combate ao terrorismo em Cabo Delgado

Na 45.ª Cimeira da SADC, Daniel Chapo exaltou o engajamento e a solidariedade dos países da África Austral no combate ao terrorismo em Cabo Delgado. O Presidente moçambicano reafirmou o compromisso de honrar os que sacrificaram a vida pela irmandade regional e reforçou a prioridade de fortalecer as forças de defesa.

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O coração da África Austral bateu mais forte este domingo em Madagáscar. O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, levantou a voz e deixou claro que a luta contra o terrorismo em Cabo Delgado não é apenas uma batalha moçambicana — é um combate que une povos, nações e histórias em nome da irmandade africana.

Diante dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Chapo agradeceu com emoção e firmeza a solidariedade dos países da região. Cada palavra ecoou como um tributo aos soldados da SAMIM e às forças do Ruanda e da Tanzânia, que ombro a ombro com Moçambique enfrentaram os grupos insurgentes que desde 2017 semeiam dor e destruição no norte do país.

“Cada vida perdida neste combate é a chama de um herói que ilumina a nossa irmandade”, declarou o Chefe de Estado, prometendo que Moçambique jamais esquecerá o sacrifício daqueles que tombaram em solo moçambicano para defender a paz.

A mensagem de Chapo não foi apenas de gratidão; foi também de mobilização. Ele lembrou que a solidariedade da SADC não apenas conteve avanços insurgentes, mas também devolveu esperança a milhares de famílias deslocadas. Só nos últimos ataques em Chiúre, Muidumbe e Ancuabe, mais de 57 mil pessoas tiveram de fugir, carregando nas mãos poucos pertences, mas levando no coração o desejo de regressar às suas aldeias em segurança.

“Moçambique não lutará sozinho. Lutamos juntos, porque juntos somos mais fortes que o medo e mais resistentes que a violência”, afirmou o Presidente, em tom que arrancou aplausos na sala.

Embora a SAMIM tenha concluído a sua missão em junho de 2024, a guerra contra o terrorismo continua. E Chapo não escondeu a sua determinação: fortalecer as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) é prioridade absoluta. O Presidente assegurou que a defesa da soberania e da integridade territorial do país será feita com mais estratégia, mais preparação e mais coragem.

Cristóvão Chume, ministro da Defesa Nacional, reforçou a mensagem, lembrando que os insurgentes tentam atacar zonas remotas, mas garantiu que as forças de defesa já estão no terreno a caçá-los. “Não descansaremos enquanto houver um terrorista a ameaçar a paz do nosso povo”, disse Chume, ecoando a determinação do Governo.

A 45.ª Cimeira da SADC, realizada em Madagáscar sob o lema “Promover a industrialização, a transformação agrícola e a transição energética para uma SADC resiliente”, não foi apenas sobre segurança. Foi também um palco para reafirmar que o desenvolvimento e a paz caminham lado a lado.

Criada em 1992, a SADC é hoje um bloco de 16 países que partilham mais do que fronteiras: partilham uma visão de integração, prosperidade e paz duradoura. E, segundo Chapo, Moçambique continuará a ser um pilar ativo nessa construção.

“Erradicar o terrorismo não é apenas eliminar armas. É abrir espaço para escolas, hospitais, campos cultivados e novas indústrias. É transformar medo em esperança e lágrimas em futuro”, concluiu Chapo, deixando uma mensagem de coragem e renovação.

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