Tumulto e agressões marcam encerramento da delegação da Renamo em Quelimane

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O clima aqueceu esta quarta-feira na cidade de Quelimane, província da Zambézia, quando dezenas de membros, simpatizantes e antigos guerrilheiros da Renamo invadiram e encerraram a sede provincial do partido, num acto que terminou em cenas de tumulto e agressões físicas.

Eram cerca das 10 horas quando o grupo, visivelmente revoltado, chegou às instalações com o objectivo de concretizar o encerramento da delegação – uma acção já prevista por alguns antigos combatentes, que haviam alertado sobre possíveis manifestações, apesar de não terem aderido formalmente ao movimento.

A tensão escalou rapidamente no local. Confrontos físicos e trocas de insultos e empurrões eclodiram entre os manifestantes e membros ligados à actual direcção do partido, gerando momentos de puro caos. De acordo com testemunhos recolhidos pela Miramar, apoiantes de Ossufo Momade – presidente da Renamo – foram agredidos fisicamente no auge do tumulto.

Alguns populares que presenciaram o cenário classificaram o incidente como “vergonhoso e preocupante”, alertando para a fragilidade do clima interno no seio da segunda maior força política do país.

Os protagonistas do encerramento alegam que a actual liderança da Renamo se afastou dos ideais do partido fundado por Afonso Dhlakama. Os manifestantes exigem a demissão imediata de Ossufo Momade, a quem acusam de gestão autoritária e ineficaz, além de terem levantado suspeitas de má governação e falta de diálogo com as bases.

Apesar da gravidade da situação, até ao fecho desta edição, a direcção nacional da Renamo ainda não havia emitido um pronunciamento oficial sobre o incidente.

A polícia esteve ausente durante a maior parte do tumulto, tendo chegado apenas para conter ânimos já depois das agressões registadas.

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