Nem 24 horas em solo moçambicano e Venâncio Mondlane, figura central da oposição e ex-candidato presidencial, já foi chamado às contas… ou melhor, à Procuradoria-Geral da República.
Depois de uma digressão política pela Europa, onde se reuniu com membros da diáspora, como Alemanha e Portugal, e falou sobre “mudança real”, Mondlane recebeu uma notificação surpresa para se apresentar esta terça-feira, às 10h, na PGR.
“Não sei os motivos. Mas estou pronto. Estou aqui, firme e transparente”, declarou, em tom sereno, mas visivelmente intrigado.
Segundo Mondlane, o timing é no mínimo “curioso”. “Enviei vários requerimentos à PGR desde 2023 e nunca obtive resposta. Agora que chego, sou chamado no dia seguinte?”, questiona o político, insinuando que há mais do que parece à primeira vista.
Ainda assim, o ex-deputado diz não temer. “Se é parte da missão, que venha. Não me escondo. Aviso: não me calo”, frisou.
Venâncio Mondlane reforçou que todas as suas saídas do país foram devidamente comunicadas às autoridades, mesmo quando não havia obrigatoriedade legal. “Fizemos isso por respeito às instituições e para evitar teorias da conspiração.”
Enquanto se aguarda pelo teor da convocação, cresce o burburinho:
Será esta uma resposta à crescente presença internacional de Mondlane?
Um aviso velado?
Ou apenas mais uma coincidência burocrática?
O que é certo é que Venâncio Mondlane volta ao centro do palco, não como candidato, mas como protagonista de uma nova cena no teatro político moçambicano.