Estudantes de Medicina da UniZambeze ameaçam paralisar aulas por corte de subsídio de estágio

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A tensão está a aumentar nos corredores da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Zambeze. Estudantes finalistas do curso de Medicina lançaram um ultimato ao Governo: ou recua da revogação do subsídio de estágio, ou as atividades lectivas serão paralisadas nos próximos dias.

A decisão do Governo de retirar a norma que garantia subsídios aos estágios curriculares de longa duração – superiores a seis meses – caiu como um balde de água fria sobre centenas de estudantes que se preparam para encarar os últimos e mais exigentes meses da sua formação.

“Não estamos a pedir favores. Estamos a exigir o que a própria lei nos concedeu. O estágio exige tempo, deslocações, alimentação e energia. Sem subsídio, estamos a ser tratados como voluntários desvalorizados num sistema que exige o máximo de nós”, disse um dos representantes estudantis em entrevista à Miramar.


Os estudantes consideram que o corte do subsídio é uma violação dos seus direitos e da dignidade profissional. Reforçam que o estágio, por mais obrigatório que seja, não pode ser transformado num fardo financeiro para quem já enfrenta enormes dificuldades.

“Não vamos permitir que a revogação desta lei se torne um precedente perigoso. Se não nos ouvirem nos próximos 15 dias, paralisaremos os estágios. E com isso, comprometemos a nossa formação e o sistema de saúde local. A responsabilidade será de quem decidiu cortar.”


O Governo, por sua vez, confirmou que a revogação é definitiva, mas garantiu que os estágios continuam obrigatórios para concluir o curso de Medicina. No entanto, nenhuma medida de compensação alternativa foi anunciada até agora.

Enquanto isso, o relógio corre. E a pressão sobre o Ministério da Saúde e da Educação cresce. As próximas duas semanas podem definir não só o destino de centenas de futuros médicos, mas também o futuro da formação médica no país.

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