Moçambique regista 31 casos de Mpox: Governo garante situação sob controlo

Moçambique já confirmou 31 casos da doença viral Mpox, altamente contagiosa, com a maioria concentrada na província do Niassa. Apesar da rápida disseminação, o Governo tranquiliza a população, afirmando que todos os casos estão sob controlo e que medidas rigorosas de prevenção estão em curso. Saiba os detalhes, onde surgiram os casos, o que está a ser feito e quais os próximos passos no combate à Mpox.

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Moçambique vive um novo alerta sanitário com a confirmação de 31 casos positivos de Mpox, também conhecida como varíola dos macacos — uma doença viral contagiosa que tem despertado preocupação a nível global. O primeiro caso foi registado a 10 de Julho e, desde então, os números têm crescido. Ainda assim, o Ministério da Saúde apela à calma e reforça que “não há motivo para pânico”.

Segundo o Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, a maior concentração de casos (90,3%) encontra-se na província do Niassa, com 28 infecções confirmadas. Dois casos foram registados na província de Manica (6,5%), e um único caso foi identificado na província de Maputo (3,2%).

“Todos os pacientes encontram-se clinicamente estáveis e, felizmente, pelo menos 13 já receberam alta do isolamento domiciliar,” garantiu Fernandes.

Entre 10 de Julho e 5 de Agosto, foram identificados 185 casos suspeitos, dos quais 153 amostras foram testadas. Destes, 122 resultados foram negativos, afastando a possibilidade de infecção, enquanto os 31 restantes confirmaram a presença do vírus Mpox.

O aumento do número de casos, segundo o responsável, não deve ser visto como motivo de alarme, mas sim como reflexo da eficácia das acções de rastreio e vigilância epidemiológica que vêm sendo aplicadas.

“É natural que os números aparentem ser elevados. Isso demonstra que o sistema de rastreio está a funcionar e que os profissionais de saúde estão atentos e ativos nas comunidades”, destacou o Director.

Apesar de a situação estar controlada, o Governo recomenda reforçar as medidas de prevenção. Isso inclui cuidados básicos, como:

  • Higiene pessoal rigorosa
  • Evitar contacto físico com pessoas infectadas
  • Evitar o uso partilhado de roupas ou objetos de uso pessoal
  • Informar rapidamente as autoridades sobre casos suspeitos

O Ministério da Saúde pretende solicitar o envio de vacinas contra a Mpox. No entanto, o Director Nacional admite que as expectativas são baixas, considerando que “a disponibilidade global é extremamente limitada”.

Mesmo diante desse cenário, o Governo mantém-se firme: “não há razões para criar pânico ou medo desnecessário”, sublinhou Quinhas Fernandes.

Mpox (varíola dos macacos) é uma doença viral causada pelo vírus Monkeypox, geralmente transmitida por contacto direto com lesões, fluidos corporais ou objetos contaminados. Os sintomas incluem febre, dores no corpo, calafrios e, em casos mais graves, lesões na pele.

Embora a doença possa ser grave em alguns casos, na maioria das vezes é autolimitada, e os doentes recuperam com cuidados médicos básicos e isolamento.

Com vigilância contínua, rastreio ativo e envolvimento comunitário, Moçambique mostra-se preparado para conter o surto de Mpox. A população é chamada a manter-se informada, colaborar com as autoridades e reforçar os hábitos de higiene. A luta contra o vírus continua, mas com responsabilidade e união, o país segue confiante rumo à contenção da doença.

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