Um cenário de caos e violência tomou conta, na manhã desta quinta-feira, da Escola Secundária de Cossore, localizada na cidade de Nampula. Alunos revoltados agrediram fisicamente a diretora adjunta pedagógica da instituição, Gilda Lumenta, e vandalizaram parte das instalações escolares, num protesto contra a alegada cobrança indevida de 70 meticais para a realização das Avaliações Provinciais (AP).
Segundo relatos de alguns estudantes, a direção da escola teria solicitado a contribuição financeira com a promessa de disponibilizar provas impressas e folhas de resposta. Contudo, ao chegarem às salas de exame, os alunos depararam-se com uma realidade completamente diferente: os professores escreveram os enunciados no quadro, obrigando-os a copiar as perguntas manualmente e responder em folhas comuns.
A mudança inesperada foi interpretada como uma quebra de compromisso por parte da direção escolar, gerando um clima de frustração, indignação e protesto coletivo. A tensão rapidamente escalou, resultando em atos de vandalismo contra a infraestrutura escolar e agressões físicas à diretora adjunta, que teria tentado apaziguar os ânimos.
A situação fugiu do controle e só foi normalizada com a intervenção da Polícia da República de Moçambique (PRM), que foi acionada para conter os ânimos e restaurar a ordem no recinto escolar. Até o momento, não há registo oficial de detenções, mas fontes confirmam que a segurança foi reforçada no local para evitar novos incidentes.
A direção da escola ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. No entanto, familiares de alunos exigem esclarecimentos transparentes e o fim de práticas que consideram abusivas dentro do sistema escolar.


