As autoridades continuam a trabalhar na identificação das vítimas mortais dos dois graves acidentes de viação registados no domingo, 18 de Agosto, nos distritos de Chongoene (Gaza) e Manhiça (Maputo), que juntos provocaram dezenas de óbitos e deixaram várias famílias enlutadas.
No Hospital Distrital da Manhiça, o diretor Flávio Laichele informou que, dos 26 corpos recebidos após o sinistro, 23 já foram reconhecidos e entregues às famílias. A maioria foi transladada para a vila de Manjacaze, em Gaza, onde se realizam os funerais.
“Ainda restam três corpos por identificar. Estamos a colaborar com os familiares e a realizar todos os procedimentos necessários para garantir que as vítimas sejam entregues com dignidade”, explicou Laichele.
Quanto aos feridos, o responsável acrescentou que apenas dois continuam em observação médica, incluindo o motorista do veículo sinistrado. Ambos apresentam estado clínico estável, sem risco de vida.
Na província de Gaza, o processo de identificação das vítimas do acidente de Chongoene decorre em Xai-Xai, onde foram levados os corpos.
Segundo Carlos Macuácua, chefe do Departamento de Relações Públicas da PRM em Gaza, 11 corpos estão a ser identificados pelos familiares, que chegam ao hospital vindos de diferentes distritos da província.
“À medida que as famílias vão chegando, prossegue o processo de reconhecimento e entrega dos corpos. É um momento de grande dor, mas estamos a assegurar todo o apoio necessário”, afirmou Macuácua.
Os dois acidentes – um em Manhiça (Maputo), que envolveu um minibus com 27 passageiros, e outro em Chongoene (Gaza) – provocaram, no total, mais de 35 mortes. Ambos os casos têm como causa provável o excesso de velocidade, segundo apontam investigações preliminares do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (Inatro).
As comunidades locais vivem dias de luto profundo, com funerais a decorrer em diferentes localidades, enquanto autoridades reforçam apelos à prudência na estrada e ao cumprimento rigoroso das normas de trânsito.
As autoridades centrais e provinciais garantem que estão em curso medidas para apurar responsabilidades e reforçar a fiscalização rodoviária, de modo a evitar tragédias semelhantes no futuro.
“Cada vida perdida nas estradas é uma perda irreparável para as famílias e para o país. Precisamos agir com firmeza para travar esta onda de acidentes”, sublinhou um porta-voz do Inatro.