Agente da UIR foi condenado por assalto à mão armada na Beira

Manuel Daidai João, agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), foi condenado a 14 anos de prisão por roubo agravado de 250 mil meticais e dois celulares na cidade da Beira. O crime chocou a comunidade e expôs preocupações sobre a conduta dentro das forças de segurança.

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Na cidade da Beira, uma condenação marcante foi anunciada esta segunda-feira (10) no Tribunal Judicial da província de Sofala. Manuel Daidai João, agente das forças especiais da Polícia da República de Moçambique (PRM), viu-se atrás das grades ao ser sentenciado a 14 anos de prisão pelo crime de assalto á mão armada, que abalou a confiança da comunidade local.

O caso remonta à noite de 22 de janeiro deste ano, quando Manuel Daidai, em conluio com um comparsa ainda foragido, usou uma pistola para assaltar um agente de carteira móvel no bairro da Manga. O agente das forças especiais, que atua na Unidade de Intervenção Rápida (UIR), inicialmente tentou enganar a vítima simulando interesse em câmbio de moeda, para então sacar a arma e ameaçar o ofendido.

“O arguido simulou devolver o dinheiro ao bolso, mas rapidamente sacou a arma, ameaçando a vítima. Após um confronto físico, o comparsa aproveitou para roubar a pasta com o dinheiro e celulares, fugindo na garupa de uma motorizada,” relatou a juíza Ana Muchacha durante a leitura da sentença.

Reconhecendo a gravidade do crime, o tribunal não poupou esforços para provar as acusações de roubo agravado. Além da pena de 14 anos, Manuel Daidai terá que pagar uma indemnização de mais de 263 mil meticais à vítima, bem como 50 mil meticais por danos materiais.

O réu, que estava em liberdade condicional após pagamento de caução, tem agora um prazo de 20 dias para apresentar recurso, findo o qual iniciará o cumprimento da pena.

Este veredito representa um sinal claro de que ninguém está acima da lei, especialmente aqueles que deveriam proteger a sociedade. A condenação também levanta questões importantes sobre a necessidade de fortalecer a fiscalização e ética dentro das forças de segurança em Moçambique.

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