Agentes de segurança presos por roubo num armazém em Tete

A Polícia em Tete deteve dois agentes de segurança privada acusados de roubo de mais de 1,2 milhão de meticais num armazém. No mesmo dia, quatro jovens foram apresentados como suspeitos de homicídios cruéis, incluindo o assassinato de uma jovem de 25 anos.

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A confiança da população de Tete na segurança privada sofreu um duro abalo. Dois agentes, que deviam garantir a integridade de um armazém comercial, acabaram transformados em protagonistas de um roubo milionário. A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou a detenção dos suspeitos, que confessaram ter participado diretamente no crime.

O motivo? Segundo os próprios, o atraso sistemático no pagamento dos salários. A frustração pela falta de rendimentos levou-os a planearem e executarem o assalto ao mesmo estabelecimento que juraram proteger. O golpe resultou na subtração de mercadorias avaliadas em mais de 1,2 milhão de meticais, deixando o proprietário em choque e levantando dúvidas sobre a ética e a credibilidade de parte do setor privado de segurança.

Mas os escândalos não ficaram por aí. Na mesma semana, a PRM apresentou à imprensa quatro jovens indiciados de homicídio, acusados de cometer crimes que abalam profundamente a comunidade. Entre as vítimas encontra-se uma jovem de aproximadamente 25 anos, brutalmente assassinada na madrugada de quinta-feira.

O corpo foi encontrado numa machamba isolada, cenário que revoltou familiares, vizinhos e líderes comunitários. A jovem, que até à véspera da tragédia alimentava sonhos de um futuro melhor, tornou-se mais um número nas estatísticas sombrias da violência em Tete. Um dos suspeitos admitiu o envolvimento direto no crime, enquanto os restantes continuam a ser alvo de investigações minuciosas.

Com estes episódios, a província de Tete soma já 20 homicídios confirmados apenas em 2025, número que alarma tanto autoridades como cidadãos. A Polícia sublinha que não está de braços cruzados: “Estamos a reforçar as operações de investigação criminal, apertando o cerco contra todos que insistem em desafiar a lei e semeiam luto nas famílias moçambicanas”, garantiu uma fonte policial.

Os processos-crime contra os detidos já foram instaurados e seguirão os trâmites judiciais.

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