Dois agentes da PRM julgados por venda ilícita de vagas em Matalane

Dois agentes da PRM estão a ser julgados em Inhambane por venderem 15 vagas no curso de Matalane, arrecadando 880 mil meticais. O Ministério Público acusa-os de abuso de cargo, simulação de competência e associação criminosa.

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O combate à corrupção dentro das fileiras da Polícia da República de Moçambique (PRM) voltou ao centro das atenções, desta vez com o julgamento de dois agentes acusados de comercializar vagas de ingresso em Matalane.De acordo com informações apuradas pela TV Sucesso, os réus criaram um esquema paralelo de acesso ao curso de formação policial, vendendo pelo menos 15 vagas entre 2021 e 2023, durante os cursos 42 e 43.

De acordo com a TV Sucesso, os réus criaram um esquema paralelo de acesso ao curso de formação policial, vendendo pelo menos 15 vagas entre 2021 e 2023, durante os cursos 42 e 43.

Segundo a acusação, os interessados em vestir a farda da PRM eram obrigados a desembolsar quantias que variavam entre 50 mil e 120 mil meticais. O dinheiro era depositado em contas bancárias ou transferido para contas de carteira móvel, num processo cuidadosamente organizado para escapar ao controlo institucional.

No total, os dois agentes terão arrecadado cerca de 880 mil meticais, montante que nunca entrou nos cofres do Estado.

O Ministério Público acusa os réus de abuso de cargo ou função, simulação de competência e associação criminosa. Além disso, exige que os mesmos paguem uma indemnização de 3 milhões de meticais, valor muito acima do montante arrecadado, como forma de reparar os danos causados à imagem da corporação e ao erário público.

O caso reacende o debate sobre a corrupção nos processos de ingresso em Matalane, um tema sensível numa altura em que milhares de jovens concorrem a cada vaga aberta. Para muitos, este tipo de esquema mina a confiança da sociedade na PRM e compromete os esforços de recrutamento transparente.

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