Escândalo em Maputo: 34 funcionários públicos sob investigação por corrupção

Gabinete Provincial de Combate à Corrupção em Maputo investiga 34 funcionários por cobranças ilícitas, extorsão e sobrefaturação. Autoridades prometem responsabilização exemplar.

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Trinta e quatro funcionários públicos estão na mira do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção (GPCC) na província de Maputo. Eles são acusados de envolvimento em práticas ilícitas que incluem cobranças indevidas, extorsão e sobrefaturação — condutas que, segundo as autoridades, lesam o Estado e minam a confiança da população nos serviços públicos.

A informação foi confirmada por Sheila Nhanala, chefe do Departamento de Investigação, Instrução e Ação Penal do GPCC em Maputo, que destacou que as investigações decorrem com prioridade máxima.

Embora os detalhes ainda não tenham sido totalmente divulgados, fontes ligadas ao processo indicam que os casos envolvem diferentes setores da administração pública, com funcionários suspeitos de cobrar taxas ilegais, inflacionar preços de bens e serviços e exigir pagamentos indevidos para agilizar processos.

“São práticas que atentam contra a transparência e a ética no serviço público. O nosso trabalho é garantir que todos os envolvidos respondam perante a lei”, afirmou Nhanala.

O GPCC reforça que a luta contra a corrupção continua a ser um dos principais eixos da ação governamental e que a responsabilização de agentes públicos é fundamental para restaurar a confiança da sociedade.

Especialistas defendem que, além da punição, é essencial investir em mecanismos de prevenção, fiscalização constante e formação ética de servidores, para evitar que práticas ilegais se repitam.

Os funcionários envolvidos estão a ser ouvidos pelas autoridades e podem enfrentar processos disciplinares e criminais. Caso sejam considerados culpados, poderão ser aplicadas penas que vão desde multas e devolução dos valores recebidos indevidamente até prisão, dependendo da gravidade das infrações.

O caso é mais um exemplo do desafio persistente que Moçambique enfrenta no combate à corrupção e reacende o debate sobre a necessidade de reformas estruturais para tornar a gestão pública mais transparente e responsável.

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