Jovens roubam bens de mais de 240 mil meticais e vendem por 7 mil meticais em Matacuene

Dois jovens escalam residência no Matacuene, roubam iPhones e computador avaliados em 240 mil meticais e vendem por 7 mil. Um dos suspeitos foi detido; o comparsa está foragido.

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Dois jovens estão a ser apontados como protagonistas de um ousado assalto numa residência da zona do Matacuene, na cidade da Beira, que resultou num prejuízo superior a 240 mil meticais para a vítima. O caso, que mistura crime, negligência e uma pitada de surrealismo, está a ser investigado pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).

Segundo o porta-voz do SERNIC, o assalto ocorreu na madrugada de 26 de Julho. Os dois jovens escalaram o muro da residência e entraram no interior da casa através da janela do primeiro andar. Lá dentro, furtaram bens eletrónicos de alto valor, incluindo dois iPhones de última geração (14 e 15 Pro Max) e um computador.

Contudo, o episódio ganhou contornos insólitos quando a vítima chegou à sua residência e inexplicavelmente adormeceu dentro do carro, mesmo com sinais de atividade estranha na casa. O estado de sonolência repentina do proprietário ainda levanta dúvidas, inclusive a possibilidade de uso de substâncias soníferas — embora isso não tenha sido confirmado pelas autoridades.

Aproveitando-se da vulnerabilidade do morador, os assaltantes roubaram também os bens que estavam na viatura, antes de se porem em fuga.

Dias depois, um dos suspeitos foi localizado e detido pelo SERNIC. Durante o interrogatório, o jovem negou envolvimento directo no crime, afirmando ser reparador de telemóveis e alegando que os dispositivos lhe foram vendidos por “amigos” pelo insólito valor de sete mil meticais — uma quantia irrisória comparada ao valor real dos bens furtados.

“Os meus amigos trouxeram-me os telemóveis. Vendi por esse valor porque disseram que estavam com urgência,” disse o detido, sem conseguir justificar a discrepância de preços.

O seu comparsa continua em fuga e as autoridades garantem que estão a desenvolver diligências para localizá-lo.

O caso evidencia o grau crescente de audácia de alguns grupos de jovens envolvidos em criminalidade urbana, e levanta questões sobre segurança residencial, vigilância comunitária e o mercado paralelo de bens roubados.

As autoridades apelam à população para denunciar qualquer movimentação suspeita e evitar a compra de bens eletrónicos sem comprovativo de origem, uma prática que alimenta o ciclo do crime.

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