Mulher assassinada à porta de casa na Matola e suspeito detido pela PRM

Minézia, 28 anos, foi brutalmente assassinada no bairro Patrice Lumumba, na Matola, quando regressava do trabalho. Suspeito confessou o crime, mas diz não saber explicar os motivos. PRM alerta para aumento da violência contra mulheres.

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O fim de um dia de trabalho transformou-se numa tragédia no bairro Patrice Lumumba, município da Matola. Minézia, de 28 anos, foi assassinada a poucos passos de casa, quando regressava do emprego, num crime que chocou familiares, vizinhos e toda a comunidade.

O principal suspeito, um jovem de 20 anos, foi capturado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) pouco depois do crime. Segundo as autoridades, o acusado já confessou a agressão, mas afirma não se lembrar dos motivos que o levaram a cometer o homicídio.

De acordo com o relato do suspeito, ele saiu da Machava em direção a Patrice Lumumba com o objetivo de consumir bebidas alcoólicas com amigos. Biscateiro em obras de construção e também mecânico, o jovem admite que se encontrou com a vítima momentos antes do crime, mas alega não saber explicar como e por que decidiu atacá-la.

“Não consigo dizer o que me levou a fazer isso. Não me lembro”, declarou o acusado, em tom confuso.

Moradores da zona descreveram o bairro como um local calmo e iluminado, sem histórico de violência grave. Naquela noite, a rua estava movimentada, mas a rotina foi quebrada por gritos e correria.

Testemunhas contaram que, inicialmente, pensaram tratar-se de um desentendimento físico. Mas a cena rapidamente se revelou mais grave: Minézia estava caída, sangrando, com uma faca cravada nas costas.

“Parecia que ele a estava apenas apertando pelo pescoço. Só quando vimos a faca percebemos que era muito mais sério”, disse um vizinho.

A PRM na província de Maputo expressou preocupação com o crescimento de casos de assassinatos de mulheres. As autoridades reforçam que a violência baseada no género continua a ser um desafio urgente, exigindo medidas de prevenção, investigação rápida e punição exemplar dos agressores.

“Não podemos aceitar que mulheres sejam brutalmente tiradas de suas famílias desta forma. Estamos a intensificar ações de prevenção e repressão”, afirmou um porta-voz da PRM.

O caso de Minézia reacendeu o debate sobre segurança pública na Matola e o combate à violência contra mulheres. Familiares e moradores pedem que a justiça seja célere e que sejam adotadas políticas mais eficazes para prevenir tragédias semelhantes.

Enquanto isso, o bairro Patrice Lumumba segue marcado pelo luto e pela indignação, lembrando que, mesmo em ruas consideradas seguras, o perigo pode surgir de forma repentina e devastadora.

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