A tensão subiu ao rubro na lixeira de Hulene, em Maputo, quando a Polícia da República de Moçambique (PRM) lançou, desde a tarde de quarta-feira, uma operação de grande escala para capturar Venâncio Marrengula, apontado como líder de um grupo suspeito de aterrorizar a zona com actos de vandalismo e extorsão.
O cenário é digno de um filme policial: patrulhas motorizadas, agentes fortemente armados da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), investigadores do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e elementos da Polícia Municipal montaram um cerco apertado à área. O objetivo é claro: localizar e deter Marrengula e os seus comparsas, cujas ações têm deixado a comunidade em alerta máximo.
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Segundo testemunhas, o dia começou em aparente normalidade até que, por volta das 10h00, um tumulto eclodiu dentro da lixeira. A confusão rapidamente se transformou em violência, com o incêndio de um camião e de uma pá escavadora — um golpe pesado para as operações de limpeza e gestão de resíduos da cidade.
Moradores e frequentadores da área afirmam que catadores de lixo associados ao grupo criminoso têm saído da lixeira para atacar veículos, forçando motoristas a parar e extorquindo dinheiro sob ameaça.
A operação policial não se limitou ao perímetro da lixeira. Agentes entraram em residências próximas à procura de suspeitos que, segundo relatos, tentaram escapar camuflando-se entre moradores. Vários indivíduos foram detidos, mas a PRM mantém o silêncio sobre o número exato e a identidade dos capturados.
O porta-voz da PRM prometeu que as buscas continuarão até que Marrengula e o seu bando sejam neutralizados. Enquanto isso, a comunidade local vive um misto de esperança e receio — esperança de ver o fim de um ciclo de medo, e receio de novos confrontos.
