Eles pareciam jovens comuns. Mas por trás dos capacetes e das motorizadas, escondiam um plano ousado de terror urbano. Esta semana, a cidade da Beira acordou com menos quatro suspeitos de crimes de rua. A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve um grupo que vinha espalhando medo e prejuízos em bairros movimentados da urbe.
O protagonista da história é um jovem moto-taxista de 19 anos, com rosto inocente e velocidade de profissional. Segundo a polícia, sua técnica era infalível: deslizava ao lado de pedestres distraídos com o telefone nas mãos, agarrava o aparelho com precisão cirúrgica — e desaparecia entre as esquinas antes que a vítima entendesse o que aconteceu.
Foi apelidado por moradores de “fantasma das esquinas”, pela forma como surgia e sumia como se evaporasse no ar.

Mas ele não operava sozinho. Em outra ponta da cidade, três cúmplices se especializaram em assaltos com catanas. Armados, abordaram um moto-taxista e levaram sua motorizada. Capturados pouco depois, os três confessaram sem rodeios os crimes, talvez aliviados pelo fim da fuga.
Agora, o grupo encontra-se na 7.ª Esquadra, com um histórico que os coloca como reincidentes. Todos já tinham “experiência” com as celas da PRM por delitos semelhantes.