SERNAP reforça segurança nas prisões após mais de 1.500 fugas em Moçambique

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A muralha invisível da segurança penitenciária em Moçambique está a ser reforçada com cimento e estratégia. O Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP) apertou o cerco para travar as fugas em massa que marcaram o ano passado, e já conseguiu devolver à custódia mais de 580 reclusos fugitivos.

O alerta partiu da própria directora nacional do Serviço de Reabilitação e Reinserção Social, Virgínia Meque, que esta semana, durante uma conversa descontraída mas reveladora no programa Café da Manhã da Rádio Moçambique, garantiu que “a máquina está a funcionar”.

Segundo Meque, as fugas registadas — um total alarmante de 1.534 — ocorreram em contexto pós-eleitoral, num clima tenso e de mobilizações civis. No entanto, o Estado não cruzou os braços: “Estamos a trabalhar para garantir que isso não volte a acontecer”, sublinhou.

As novas medidas incluem:

  • Reforço físico das infraestruturas prisionais;
  • Rigor redobrado na escolha dos detentos que saem para trabalhos externos ou centros abertos;
  • Formação e sensibilização dos agentes penitenciários para prevenir conivências.


Actualmente, Moçambique conta com 139 estabelecimentos penitenciários, com uma capacidade de apenas 8 mil lugares — mas abriga mais de 20 mil reclusos, dos quais 739 são mulheres. Os números falam por si e o desafio é gigante.

Com este novo pacote de medidas, o SERNAP espera virar a página da insegurança e abrir um novo capítulo focado na reinserção social dos reclusos, sem comprometer a ordem pública.

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