Vandalismo em Gaza deixa 400 famílias sem energia e causa prejuízos de 217 mil meticais

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População do bairro Patrice Lumumba, em Xai-Xai, clama por segurança após a destruição de um posto de transformação. EDM estima em 217 mil meticais o custo da reparação, e danos colaterais atingem dezenas de lares.

Cerca de 400 famílias ficaram às escuras no último fim-de-semana, no bairro 6, Patrice Lumumba, província de Gaza, após um ato de vandalismo ter deixado um posto de transformação de energia elétrica fora de operação.

De acordo com o diretor dos Serviços ao Cliente da Electricidade de Moçambique (EDM) em Xai-Xai, Santos Jackson, indivíduos ainda não identificados danificaram de forma deliberada a infraestrutura elétrica, gerando graves prejuízos não apenas à empresa, mas sobretudo à comunidade local.

Segundo relatos de residentes, o incidente não apenas cortou o fornecimento de energia, como provocou curtos-circuitos, explosões e danos em eletrodomésticos. Muitos alegam ter perdido televisores, frigoríficos e outros equipamentos sensíveis.

“Ouvi um estrondo vindo da rua e depois tudo apagou. Em casa, o congelador simplesmente parou de funcionar”, disse Maria José, moradora afetada.

Santos Jackson foi claro ao afirmar que a EDM não cobre danos causados por vandalismo, dado que a empresa não possui seguro sobre as suas redes e infraestruturas de distribuição. O custo estimado para reposição do equipamento danificado ronda os 217 mil meticais.

“A EDM sofre com este tipo de ocorrências com alguma frequência, o que compromete os serviços e a segurança energética da população. Só neste semestre, os prejuízos já superam os 870 mil meticais,” explicou Jackson.

Este não é um caso isolado. Apenas no primeiro semestre de 2025, a EDM registou 10 casos de vandalização nos distritos de Chongoene e Limpopo, totalizando 873 mil meticais em prejuízos.

Apesar da abertura de um inquérito policial, os responsáveis por este ataque ainda não foram identificados. A EDM apela à população para denunciar qualquer atividade suspeita junto das autoridades.

Face à recorrência destes casos, a EDM reforça o apelo às comunidades para que colaborem com as autoridades na proteção das infraestruturas públicas, denunciando prontamente qualquer movimento anormal nas imediações de postos de transformação, subestações ou cabos elétricos.

“A energia é um bem essencial. Quando uma infraestrutura é vandalizada, toda a comunidade paga o preço”, alertou Santos Jackson.

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