Na pacata província de Inhambane, conhecida pela sua hospitalidade e gentileza, um caso de fraude escolar abalou a tranquilidade local. Emílio Raimundo Cumbane, director pedagógico da Escola Secundária de Muelê, foi sentenciado a dois anos de prisão efectiva por ter fornecido respostas do exame de Matemática a 30 alunos durante os exames do ano passado.
De acordo com a TV Sucesso, Cumbane teria agido pressionado para cumprir metas académicas, levando-o a facilitar o desempenho dos estudantes de forma ilegal. O caso foi denunciado ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção, que conduziu as investigações.
Além da pena de prisão, o director terá que pagar uma multa equivalente a 10 meses de taxa diária de 500 meticais. O crime imputado é abuso de poder, numa decisão que serve de alerta para todos os envolvidos no sistema educativo.
Durante a leitura da sentença, o juiz Alberto Novela destacou que os alunos que obtenham certificados fraudulentos podem enfrentar graves dificuldades para ingressar no ensino superior ou no mercado de trabalho, pois não demonstraram suas verdadeiras competências.
A defesa do arguido já anunciou intenção de recorrer, argumentando que não ficou provado qualquer benefício pessoal para Cumbane no episódio.