Edil de Chimoio exige pagamento do camião incendiado na lixeira de Hulene

O presidente do Conselho Municipal de Chimoio, João Ferreira, pediu que Maputo participe na reposição do camião queimado na lixeira de Hulene, após um ataque de catadores de lixo. Apesar do incidente, o edil reforçou a importância da cooperação entre cidades e garantiu continuidade no apoio à capital.

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A tensão voltou a subir na lixeira de Hulene, em Maputo. Na semana passada, um grupo de catadores de lixo incendiou um camião de recolha de resíduos sólidos e uma pá escavadora, equipamentos que reforçavam a limpeza da capital.

Fontes locais revelam que o ataque foi uma retaliação a uma operação conjunta da Polícia da República de Moçambique (PRM) e da Polícia Municipal, realizada horas antes no mesmo local.

O incidente ganhou novos contornos quando as autoridades iniciaram uma caça ao alegado líder da desordem, Venâncio Marrengula, apontado como o mentor de atos de vandalismo e confrontos entre catadores e forças de segurança.

A busca policial provocou uma paralisação das atividades na lixeira por quase uma semana, deixando centenas de famílias que dependem do lixo sem fonte de subsistência. Apenas nos últimos dias, os catadores retomaram as atividades, ainda sob clima de tensão e desconfiança.

O camião destruído fazia parte de um lote de dez veículos cedidos pelo Conselho Municipal de Chimoio para apoiar Maputo no processo de recolha de resíduos, numa cooperação recente entre as duas cidades.

Diante do incidente, o edil de Chimoio, João Ferreira, lamentou profundamente a perda e deixou clara a sua posição:

“Maputo não tem culpa direta pelo ocorrido, mas deve participar na reposição do camião queimado. O equipamento era nosso e foi emprestado em espírito de solidariedade”, afirmou.

Apesar do incidente, João Ferreira afastou qualquer hipótese de romper a colaboração com a capital. Pelo contrário, sublinhou que a cooperação entre municípios é vital para enfrentar desafios comuns, como o saneamento e a gestão de resíduos sólidos.

“Hoje foi Maputo que precisou de apoio, amanhã poderá ser Chimoio. O importante é que esta parceria continue firme”, garantiu.

O episódio levanta também questões sobre a segurança das operações municipais em áreas sensíveis como Hulene, onde tensões sociais, pobreza e disputas pelo lixo frequentemente resultam em confrontos.

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