A estrada que liga o Centro de Saúde de Muhala Expansão ao bairro de Nampaco, passando pelo Jardim e pela ponte Amurane até a Estrada Nacional Número 1 (EN1), finalmente está inserida no plano de reabilitação de vias municipais para este ano.
Durante anos, esta via em avançado estado de degradação foi palco de queixas constantes por parte de moradores, taxistas, estudantes e utentes dos serviços de saúde, que enfrentam diariamente buracos profundos, erosões, pedras soltas e ausência de drenagem adequada. O trânsito tornou-se um verdadeiro desafio, com riscos para veículos e pedestres.
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Rodrigues Manuel, taxista da região, descreve a situação com pesar:
“Circulamos com muitas dificuldades. Já nem contamos mais as avarias, entre pneus furados e quedas de passageiros por causa dos buracos.”
Moradores como Amino José recordam promessas não cumpridas:
“Desde 2015 há uma placa a prometer reabilitação, mas nada aconteceu. Às vezes somos nós que colocamos terra para tentar melhorar.”
Para Ofício Vaquina, o abandono virou rotina:
“A água da chuva só piora tudo. Até hoje, nunca houve uma ação concreta.”
O vereador de Manutenção e Obras do Conselho Municipal de Nampula, Mustafa Amisse, confirmou a inclusão da via no plano de reabilitação que abrangerá 30 quilómetros de estradas de terra até o final de 2025.
“Esta é uma via estratégica que conecta vários bairros e pode aliviar o fluxo nas zonas críticas da cidade. Será uma das nossas prioridades neste ano”, afirmou o edil.
Os trabalhos ocorrerão em duas fases: inicialmente, melhorias na transitabilidade por meio de terraplanagem, aterro e compactação; em seguida, a contratação de consultoria técnica para elaborar o projeto definitivo, incluindo estudos de engenharia e definição do melhor tipo de pavimentação — asfalto ou pavê.
Apesar das garantias oficiais, moradores mantêm-se cautelosos devido ao histórico de promessas não cumpridas. Contudo, a inclusão formal da via no plano municipal reacende a esperança por uma solução definitiva para uma das artérias mais negligenciadas da cidade.
Enquanto isso, o pó e a lama continuam a dificultar a vida dos munícipes, que aguardam a ação concreta para restaurar a segurança e qualidade do transporte local.
