Governo apreende mais de 5 mil unidades de Xivotxongo em Maputo

Governo de Moçambique apreende 5.655 unidades de bebidas alcoólicas de baixo valor (“xivotxongo”), avaliadas em 353.130 meticais, durante operação de controlo de qualidade e venda ilegal.

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O Governo de Moçambique anunciou esta quinta-feira a apreensão de 5.655 unidades de bebidas alcoólicas e espirituosas de baixo valor, conhecidas popularmente como xivotxongo, avaliadas em 353.130,00 meticais.

Segundo as autoridades, as bebidas confiscadas serão destruídas, uma vez que a sua comercialização representa um risco à saúde pública e viola as normas de qualidade e segurança alimentar em vigor no país.

De acordo com o Jornal Domingos, as informação foi avançada em Maputo por Inocência Impissa, porta-voz do Governo e ministro da Administração Estatal e Função Pública, durante o habitual balanço semanal das atividades governamentais.

O governante explicou que a operação decorre no âmbito da Campanha Nacional de Controlo de Qualidade de Alto Teor Alcoólico e da suspensão da venda em locais impróprios, levada a cabo por brigadas multisectoriais compostas por:

  • Agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC)
  • Fiscais da Inspeção Nacional das Atividades Económicas (INAE)
  • Representantes dos Conselhos Municipais

Estas brigadas têm como missão mapear os pontos de venda clandestinos, retirar bebidas impróprias para consumo e submeter amostras a testes laboratoriais.

No decorrer da ação, foram ainda colhidas amostras em 12 unidades de produção artesanal, localizadas nas províncias de Maputo, Zambézia e Nampula. Estas foram enviadas para laboratórios especializados, onde estão a ser analisadas para determinar se cumprem os padrões de qualidade exigidos.

“Os resultados laboratoriais vão ditar as medidas adicionais a tomar contra os produtores e comerciantes envolvidos”, sublinhou Inocência Impissa.

O Governo revelou que 136 comerciantes foram interpelados durante a operação, por estarem a vender bebidas alcoólicas em locais considerados impróprios. Muitos destes pontos de venda funcionam sem licença, em barracas improvisadas ou junto a escolas e locais públicos frequentados por menores.

As autoridades asseguram que, para além da apreensão, haverá responsabilização administrativa e criminal para os infratores reincidentes.

O consumo de xivotxongo tem sido alvo de preocupação das autoridades moçambicanas devido ao seu baixo preço, elevada procura e riscos para a saúde, incluindo intoxicações graves e até mortes em algumas comunidades.

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