Governo de Moçambique inicia repatriamento de 16 cidadãos explorados no Laos

Dezasseis moçambicanos retidos no Laos serão repatriados esta quinta-feira (28) através de uma ação coordenada entre o Governo, autoridades locais e a OIM. Outros sete cidadãos continuam em parte incerta.

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O Governo de Moçambique confirmou que 16 cidadãos nacionais retidos no Laos, na Ásia, serão repatriados a partir da próxima quinta-feira, 28 de agosto. A operação resulta de uma ação conjunta entre o Executivo moçambicano, as autoridades laocianas e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O anúncio foi feito pelo porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, durante uma conferência de imprensa realizada esta terça-feira em Maputo.

Segundo Impissa, uma vez em território nacional, os moçambicanos serão acolhidos pelo Governo e posteriormente encaminhados para a província de Sofala, região de onde são originários.

“O Estado moçambicano, em coordenação com as autoridades competentes e a OIM, vai garantir o regresso seguro dos nossos cidadãos e prestar a devida assistência na sua reintegração”, afirmou o governante.

O porta-voz revelou ainda que, no total, encontram-se 23 moçambicanos no Laos, mas sete permanecem em parte incerta, o que levanta preocupações adicionais para as autoridades.

As instituições diplomáticas e de segurança estão a intensificar diligências para localizar os desaparecidos e assegurar a sua eventual repatriação.

Inocêncio Impissa, que também exerce funções como ministro da Administração Estatal e Função Pública, aproveitou a ocasião para alertar os moçambicanos a não aceitarem propostas de emprego no estrangeiro sem contratos formais e devidamente reconhecidos.

“O fenómeno da migração irregular e do tráfico de pessoas continua a colocar muitos compatriotas em situações de vulnerabilidade extrema. É fundamental que cada cidadão verifique a autenticidade das ofertas de trabalho antes de sair do país”, reforçou.

Casos de cidadãos moçambicanos aliciados para trabalhos no estrangeiro têm-se repetido nos últimos anos, sobretudo em países asiáticos, onde muitos acabam vítimas de exploração laboral e, em alguns casos, de tráfico humano.

A operação desta semana representa não apenas uma ação humanitária, mas também um alerta coletivo para reforçar os mecanismos de proteção e consciencialização da população sobre os riscos de aceitar propostas aparentemente vantajosas no exterior.

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