O Estádio Nacional do Zimpeto, maior símbolo da infraestrutura desportiva moçambicana, está a ser lentamente sufocado por lixeiras informais que proliferam nas suas imediações, transformando o orgulho nacional num cenário de abandono e insalubridade.
O que deveria ser um espaço de celebração do desporto e do espírito patriótico tornou-se, paradoxalmente, uma zona marcada pela degradação ambiental. A acumulação descontrolada de resíduos sólidos em torno do estádio está a atrair catadores de lixo e outras figuras marginalizadas socialmente — muitos dos quais dizem ter perdido os seus empregos e recorreram à recolha de lixo como meio de sobrevivência.
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Durante uma visita ao local, a nossa equipa testemunhou, em poucos minutos, comportamentos impróprios: indivíduos a urinarem junto à bilheteira principal do estádio, lixo espalhado em áreas de circulação e resíduos domésticos descarregados a céu aberto.
Uma moradora do bairro Zimpeto aponta o dedo ao Mercado Grossista local, responsabilizando os vendedores por grande parte dos resíduos despejados ali. “Eles usam esse espaço como se fosse um aterro. De manhã cedo e ao final do dia, é impossível passar aqui sem tapar o nariz,” desabafa.
O cenário é preocupante, não apenas pela imagem negativa que transmite a visitantes e turistas, mas sobretudo pelos riscos à saúde pública. Ratos, moscas e mosquitos prosperam no ambiente sujo, elevando a ameaça de surtos de doenças infecciosas.
Face à situação, os moradores locais pedem uma intervenção urgente das autoridades municipais e da gestão do Estádio Nacional, alertando que, se nenhuma acção for tomada, o prestígio da maior infra-estrutura desportiva do país poderá ser irremediavelmente comprometido.
