Um enredo digno de novela, mas que se desenrolou na vida real. Uma mulher foi expulsa da sua própria casa no bairro 5 de Inhamissa, cidade de Xai-Xai, após a população se revoltar contra um escândalo conjugal: ela é acusada de viver há quatro anos com o suposto amante na casa do marido, um mineiro que trabalha na África do Sul.
Segundo os vizinhos, o homem, conhecido localmente apenas como “o inquilino da toalha”, usava não só o espaço da casa como também objetos pessoais do marido ausente — incluindo toalhas, roupas e até a cama conjugal. Para muitos, o cúmulo foi saber que o amante teria agredido familiares da mulher e intimidado as filhas.
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“Ela não só assumiu o homem dentro da casa como se fosse o dono, como também deixou claro que está apaixonada. Disse que não sai e que ele vai continuar a viver ali”, relatou uma das filhas, visivelmente abalada.
O caso chegou formalmente à estrutura do bairro e acabou por ser encaminhado ao Gabinete de Atendimento à Família, onde os moradores exigiram intervenção. No encontro, a mulher reafirmou os sentimentos pelo companheiro e recusou abandonar o lar. Essa recusa acabou por acender ainda mais a ira da comunidade, que decidiu tomar uma atitude firme.
“Não é só sobre moralidade. Há violência, humilhação familiar e perturbação social. As filhas estão em sofrimento psicológico”, apontou um dos líderes comunitários.
A expulsão ocorreu após um consenso entre familiares e a estrutura do bairro, com apoio de vizinhos. Até o momento, o suposto amante não se pronunciou e, segundo relatos, teria saído da casa temporariamente.
Este caso relança o debate sobre convivência familiar, ética comunitária e o papel das estruturas de mediação local frente a conflitos domésticos que tomam proporções públicas.
