Mulher luta pela vida após ataque brutal de cães de raça em Maputo

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Um cenário de horror marcou a manhã de sábado no bairro das Mahotas, cidade de Maputo, onde uma mulher foi vítima de um violento ataque por dois cães de raça, ficando em estado considerado crítico.

Segundo relatos de testemunhas, o episódio deu-se por volta das 8 horas, quando os dois animais — um pitbull e um cão cruzado com características de boerboel — escaparam de uma residência com o portão entreaberto, surpreendendo a vítima que caminhava nas imediações. Sem qualquer chance de reação, a mulher foi subitamente atacada, arrastada com brutalidade até ao portão da casa dos donos dos cães e mordida repetidamente por todo o corpo.

“Ela gritava e tentava fugir, mas os cães estavam descontrolados, pareciam fora de si”, disse uma vizinha, ainda em choque com o que presenciou.

A vítima, identificada por vizinhos apenas pelo primeiro nome, encontra-se internada numa unidade sanitária da capital moçambicana, sob cuidados médicos intensivos. O seu estado é considerado crítico, com múltiplas lacerações nos braços, pernas e face.

A atuação rápida dos vizinhos terá evitado o pior. Foram eles que, após ouvir os gritos de desespero, acorreram ao local e tentaram afugentar os animais. No entanto, os cães só largaram a mulher com a chegada do proprietário da residência, que conseguiu controlar os animais.

Moradores locais denunciam que não é a primeira vez que os cães demonstram comportamento agressivo.

“Já tínhamos alertado várias vezes sobre o perigo desses cães. Muitas crianças nem passam por aquela rua. Mas ninguém fez nada até acontecer esta tragédia”, comentou um residente.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) esteve no local para recolher os dois animais e proceder à investigação do caso. As autoridades ainda não confirmaram se haverá responsabilização criminal da dona dos cães, que limitou-se a declarar que “a vítima está a receber assistência e está a melhorar”.

O caso gerou comoção pública e indignação nas redes sociais e no seio da comunidade, reabrindo o debate sobre a responsabilidade dos donos de cães de raças potencialmente perigosas, e a urgente necessidade de regulamentação eficaz sobre a posse e o controlo desses animais.

Este incidente trágico reacende a preocupação com o aumento de casos de ataques de cães perigosos em zonas residenciais, especialmente em áreas urbanas onde a convivência entre animais e humanos exige regras claras e fiscalização eficaz.

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