Num apelo ousado e inspirador, o Governo da Província de Nampula exortou o sector privado a apostar com mais firmeza nas actividades culturais e criativas como caminho seguro para impulsionar o emprego juvenil e dinamizar a economia local. O desafio foi lançado nesta sexta-feira (1 de Agosto), durante o lançamento oficial da 3ª edição do Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário da CPLP (DOCTV CPLP), na cidade de Nampula.
O evento, promovido pelo Instituto Nacional de Indústrias Culturais e Criativas (INICC) e a Televisão de Moçambique (TVM), contou com a presença de várias figuras do sector cultural e governamental. Em representação do Secretário de Estado, Graciano Francisco foi claro ao destacar que as indústrias culturais e criativas (ICC) não devem ser vistas apenas como entretenimento, mas como pilares fundamentais do desenvolvimento socioeconómico.
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“Queremos convidar o sector privado a apostar nestas actividades como fonte de geração de mais postos de trabalho e renda para os nossos jovens”, afirmou Graciano, reforçando que a cultura pode ser um motor económico se devidamente valorizada.
O DOCTV CPLP surge como um exemplo concreto dessa visão. Através da produção e exibição de documentários em língua portuguesa, o programa promove o intercâmbio cultural, o fortalecimento de identidades e a cooperação técnica entre os países lusófonos.
Graciano destacou ainda que o Governo Provincial de Nampula está empenhado em garantir que o projecto crie raízes sólidas na província. “Queremos que este programa inspire novas dinâmicas locais e ajude a consolidar as ICC como sector estratégico”, disse.
Por sua vez, o delegado da TVM em Nampula, Manuel Natitima, reforçou o compromisso da emissora pública em dar visibilidade aos conteúdos que serão produzidos. “A televisão moçambicana está de portas abertas para difundir o talento nacional e lusófono, conectando públicos e ideias por meio do audiovisual”, garantiu.
O DOCTV CPLP, agora na sua terceira edição, é uma plataforma de integração criativa entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Ao longo das suas edições, tem permitido o surgimento de novas narrativas, talentos e parcerias internacionais, especialmente entre os jovens criadores.
Graciano encerrou sua intervenção com uma mensagem clara:
“A cultura, quando aliada à tecnologia e à criatividade, transforma-se numa ferramenta poderosa para comunicar, sensibilizar e criar oportunidades.”
